Cineastas portugueses incluem Porto Alegre em documentário sobre o Positivismo

Da Redação

logo_Brasil-Portugal-bandeiraOs cineastas portugueses Luisa Sequeira e Hugo Pinto estiveram no Brasil, em visita ao Rio Grande do Sul, em busca de imagens de Porto Alegre da década de 1930.

Trechos de três filmes sobre Porto Alegre, sob responsabilidade do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, farão parte do documentário que está sendo produzido pelos dois portugueses.

Eles também entrevistaram a equipe da instituição sobre a influência de Porto Alegre no Movimento Positivista, que é tema do documentário.  “O Brasil é o país que recebeu a maior influência dessa doutrina, e Porto Alegre é a cidade que acolhe o único templo em atividade no mundo dedicado a essa religião/filosofia”, explica Hugo.

A Secretaria da Cultura autorizou o uso de imagens de trechos de Porto Alegre, a Bela Capital Gaúcha (1931), Porto Alegre, a Rainha do Sul (1935) e Porto Alegre, Capital do Estado do Rio Grande do Sul (1937). O documentário será exibido em festivais e canais de televisão da Europa, e também em estreia no Brasil.

Em 2008, o diretor do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, Yuri Victorino, produziu A Capela Positivista de Porto Alegre. O documentário mostra uma história que parte da doutrina filosófica da qual Auguste Comte (1798-1857) foi precursor, passando por sua chegada ao Brasil, até as bases da Religião da Humanidade, também fundada pelo francês. “O prédio é um documento vivo. Queríamos chamar a atenção para algo que está na nossa cultura e na nossa forma de ver as coisas”, diz Victorino.

Em 1852, Comte publicou O Catecismo Positivista, livro base da Religião da Humanidade que determinava, por exemplo, como deviam ser os templos. O de Porto Alegre é um dos dois que seguiram o projeto no mundo. O outro fica no Rio de Janeiro.

O positivismo surgiu na França, no começo do século 19, e ganhou força na Europa, na segunda metade do século 19 e começo do 20, período em que chegou ao Brasil. Esta corrente filosófica defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Para os positivistas, o progresso depende exclusivamente dos avanços científicos.

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