Alfama, Castelo e Mouraria vão integrar percurso de arte contemporânea

Mundo Lusíada
Com Lusa

Entrada de um restaurante no bairro da Alfama em Lisboa. Foto: Mundo Lusíada
Entrada de um restaurante no bairro da Alfama em Lisboa. Foto: Mundo Lusíada

Os bairros históricos lisboetas de Alfama, Castelo e Mouraria vão integrar um percurso urbano de 2,5km com “uma exposição de larga escala de arte contemporânea”, na primeira edição do Paratissima em Lisboa.
Este projeto de arte contemporânea vai estar disponível ao público de 20 a 24 de julho no território da freguesia lisboeta de Santa Maria Maior, apresentando obras de arte de “seis grandes quadros expositivos: fotografia, vídeo, artes visuais, artes plásticas, design e moda”, segundo um dos responsáveis pela organização, Vitor Barros.
Com origem na cidade italiana de Turim em 2004, o Paratissima nasce de um movimento de ruptura com a musealização e elitização da arte contemporânea, e que pretende ser “completamente público, democrático e inclusivo”, afirmou o organizador.
O Paratissima Lisboa vai criar um percurso urbano de 2,5 quilômetros com “uma exposição de larga escala de arte contemporânea” que percorre Alfama, Castelo e Mouraria, anunciou Vitor Barros, acrescentando que a visita ao público é gratuita.
“Queremos justamente ampliar a audiência que tradicionalmente está ligada ao consumo de arte contemporânea e estamos à espera que seja um público muito diversificado”.
A adesão dos artistas ao Paratissima Lisboa está a ser “fantástica”, desde artistas estabelecidos a artistas emergentes, estimando que 80% são nacionais, sobretudo lisboetas, e os restantes 20% são estrangeiros.
Neste momento, a organização faz visita técnicas aos bairros históricos para que os artistas se sintam “inspirados” na criação das obras de arte, explicou o responsável, informando que as inscrições decorrem até 30 de abril.
“O desafio para os artistas, embora não exista um tema, é que tentem adequar o mais possível as suas obras ao espaço onde elas se vão inserir”, declarou Vitor Barros, acrescentando que deve haver um envolvimento com os moradores e um conhecimento das características históricas, sociais e arquitetônicas do local.
Segundo o autarca de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, este evento terá “um impacto muito importante na economia deste território” e dará “mais prestígio à freguesia”, afirmando que é importante diversificar a oferta cultural.
Para Miguel Coelho, o Paratissima “é a liberdade criativa no seu máximo”, considerando que “vai ser um momento único” na cidade de Lisboa.
“A nossa expectativa é que isto vá correr bem e, correndo bem, a nossa vontade é continuar com este projeto aqui todos os anos”, frisou o autarca, informando que a Junta está disponível para adquirir algumas das obras de arte expostas no Paratissima.
Em relação ao investimento na organização do evento, o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior disse à Lusa que “não deve ultrapassar os 60 mil euros”, explicando que vai depender dos patrocínios angariados.

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