UE conta com Lisboa para cooperação com África e América Latina

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Da Redação
Com Lusa

A União Europeia (UE) conta com o apoio e conhecimento privilegiado de Portugal para aprofundar a cooperação com África e a América Latina, de acordo com a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

Admitindo que África está “muitas vezes fora da agenda política”, a alta representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança afirmou o seu compromisso pessoal para fazer regressar o tema ao debate europeu.

Federica Mogherini, que falava em Lisboa após um encontro com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, durante a visita oficial que realizou a Portugal dia 17, disse contar “com a experiência, sabedoria e conhecimento de Portugal para ajudar a União Europeia a desenvolver mais a sua política com África, começando pelos países africanos de expressão lusófona”, e recordou que os ministros dos Negócios Estrangeiros vão debater o tema já em março.

A este propósito, Rui Machete destacou a importância da UE “reforçar o seu diálogo com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa [CPLP] e com a própria organização”.

Em concreto, sobre a Guiné-Bissau, o governante português considerou que os 28 podem “desempenhar um papel chave no progresso daquele país e no apoio aos esforços que têm vindo a ser feitos pelo Governo guineense para a estabilidade política, social e econômica”.

Por outro lado, Federica Mogherini disse esperar um maior contributo de Portugal no aprofundamento da relação entre a América Latina e a União Europeia, outro compromisso da nova alta representante, que destacou o “particular interesse e conhecimento” de Lisboa naquela região.

“Temos condições para fazer a ponte entre a Europa e o continente africano e ibero-americano, papel que Portugal desempenha tradicionalmente e continuará a esforçar-se por desempenhar”, garantiu Rui Machete.

O ministro destacou os esforços de Portugal na capacitação dos países africanos de língua portuguesa na África ocidental, que podem ser afetados pela “frágil situação de segurança no golfo da Guiné”.

Também no combate ao terrorismo, a UE deverá reforçar a cooperação com “países-chave” nas suas fronteiras, incrementando a partilha de informação e de inteligência e trabalhando com as delegações europeias nas regiões, um trabalho em que conta igualmente com a colaboração de Portugal, mencionou a chefe da diplomacia europeia.

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