Timor-Leste e Angola preparam festejos para os 40 anos da independência em novembro

Mundo Lusíada
Com Lusa

PresidentePortugal_TimorO Presidente são-tomense, o primeiro-ministro cabo-verdiano e o príncipe do Mônaco confirmaram presença nas celebrações do 40º aniversário da declaração unilateral da independência de Timor-Leste, dia 28 de novembro.

Angola deverá enviar um ministro em representação do chefe do Governo, disse à Lusa Dionísio Babo, ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos da Administração do Estado e da Justiça e ministro da Administração Estatal timorense. “Ainda não tivemos confirmação sobre se virá alguém de Portugal, do Brasil ou da Indonésia. É possível que esteja o governador-geral da Austrália”, disse Babo.

As celebrações de 28 de novembro marcam ainda os 500 anos do primeiro contato de navegadores portugueses com Timor-Leste. As celebrações principais vão decorrer no enclave de Oecusse-Ambeno (os portugueses chegaram a Lifau, cidade que foi primeira capital de Timor-Leste), mas haverá também atos oficiais na capital, Díli, e nos restantes municípios do país.

Segundo Dionísio Babo, responsável da comissão que está a organizar as comemorações, estas celebrações assentam em três pilares: “Uma abordagem histórica com várias atividades, incluindo debates, encontros acadêmicos e outros. Uma vertente cultural, com filmes e documentários, uma feira do livro, concertos musicais e teatro, entre outras. E uma vertente desportiva”.

Previstos estão concertos que procurarão reunir, no mesmo palco – em Oecusse e Díli -, artistas do fado e de dois estilos musicais “influenciados pelo fado”, as mornas de Cabo Verde e o keroncong indonésio.

O ponto alto das celebrações timorenses será em 28 de novembro, com a inauguração do novo monumento em Lifau. Os convidados VIP deverão ser transportados para Oecusse no novo avião de Timor-Leste, o primeiro do país, que aterrou na quarta-feira em Díli, e em navios rápidos que já estão a funcionar.

“Estão ainda a ser preparados todos os alojamentos locais e a ser instaladas cerca de um milhar de tendas e lonas para acolher os visitantes”, referiu Dionísio Babo.

“Estamos aqui a dar valor a um ponto histórico da identidade timorense sobre o qual devemos sentir orgulho. A nossa história, quer queiramos quer não, começou dali, quando as duas civilizações se encontraram: uma proveniente da Europa, Portugal, e outra que já estava aqui”, disse. “Temos que nos sentir orgulhosos e afirmar mais a identidade timorense e não esquecer as nossas raízes”, sublinhou quanto questionado sobre críticas aos eventos.

Babo considerou que os timorenses devem “conhecer a sua história”, incluindo a mais antiga, havendo novas descobertas arqueológicas que sugerem que os primeiros habitantes de Timor remontam há mais de 40 mil anos.

Angola inaugura novo parlamento na véspera dos 40 anos da independência

Já em Angola, o novo edifício-sede da Assembleia Nacional, construído pela empresa portuguesa Teixeira Duarte, vai ser inaugurado dia 10 de novembro, no âmbito das comemorações dos 40 anos da independência do país.

A nova sede, em Luanda, representou um investimento público superior a 185 milhões de dólares (167 milhões de euros) e está integrada num complexo constituído por três edifícios e dois parques de estacionamento para 503 viaturas.

De acordo com informação do parlamento angolano, o processo de mudança de instalações arrancará a 16 de novembro e só estará concluído a 10 de dezembro, conforme o secretário-geral daquele órgão de soberania, Pedro Agostinho de Neri.

O denominado Centro Político e Administrativo de Luanda começou a ser construído em maio de 2010 e há pelo menos um ano que está concluído. A cargo da construtora Teixeira Duarte, a obra foi visitada pelo primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, a 17 de novembro de 2011, durante uma deslocação a Angola.

O edifício principal, a inaugurar na véspera do dia da independência nacional (11 de novembro de 1975), conta com seis pisos, quatro superiores e dois subterrâneos.

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) é maioritário no parlamento angolano, tendo conquistado 175 dos 220 deputados nas eleições de 2012.

A oposição é constituída pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 32 deputados, seguida da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), com oito eleitos, do Partido da Renovação Social (PRS), com três, e da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com dois representantes na Assembleia Nacional.

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