Primeira mina de ouro angolana depois da independência pode garantir 25 MEuro por ano

Da Redação
Com Lusa

angola_bandeiraA mina de ouro do Limpopo, na província angolana da Huíla, deverá entrar em produção industrial até 2018, apresentando um potencial inicial anual, em valores comerciais, superior a 25 milhões de euros.

Trata-se da primeira mina de ouro em Angola a ser explorada depois da independência, em 1975, e abrange uma área de concessão de 1.930 quilômetros quadrados, conforme explicou hoje João Diniz, administrador da empresa angolana Ferrangol, concessionária estatal do setor.

“Terá uma produção de 780 mil toneladas/ano de minério. Isto pode resultar numa produção de até 22.218 onças/ano, para começar. Estamos a falar de uma mina que pode evoluir de pequena para grande”, explicou o administrador.

Em declarações à rádio pública angolana, João Diniz realçou que a área de exploração ainda é pequena e poderá vir a ser alargada.

Uma onça de ouro estava cotada hoje em mais de 1.100 euros no mercado internacional, pelo que a produção desta mina pode representar um encaixe financeiro anual, na primeira fase, que arranca “antes de 2018”, de 25 milhões de euros.

A produção industrial de ouro em Angola, atualmente com projetos em fase de prospeção, arranca em 2017, avançou numa entrevista, em 2014, à agência Lusa o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz.

Nesta altura estão ainda em curso prospeções no Chipindo e Mpopo, além da previsão do “grande projeto integrado de Kassinga e Kassala Kitungo”, sendo as províncias da Huíla e do Huambo alvo do maior interesse.

De acordo com Francisco Queiroz, o levantamento geológico-mineiro que está em curso em todo o país vai também permitir obter “muita informação” sobre localização potencial de ouro em Angola.

“O ouro será seguramente um dos minerais que vai surgir no mapa geológico de Angola, entre outros”, apontou, admitindo que o país tem o objetivo de se tornar num dos “principais” produtores no continente africano.

A extração já acontece na província de Cabinda, mas de forma artesanal e por vezes ilegal, o que levou à abertura, por parte daquele ministério, de algumas lojas para a “captação” desse ouro.

A aposta neste subsetor mineiro motivou a criação, em maio de 2014, da Agência Reguladora do Mercado do Ouro de Angola.

“Uma vez que se trata de um mineral estratégico, não podemos deixar que seja comercializado sem regras”, afirma Francisco Queiroz. De acordo com o ministro, caberá à agência garantir os interesses dos produtores e do Estado.

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