Presidente angolano apela à responsabilidade do novo governador do Banco Nacional

Da Redação
Com Lusa

O Presidente angolano realçou esta segunda-feira a responsabilidade de o novo governador do Banco Nacional de Angola (BNA) colocar a banca nacional ao nível dos padrões exigidos internacionalmente, classificando José de Lima Massano como “homem íntegro e trabalhador”.

O chefe de Estado, João Lourenço, teceu breves declarações na cerimónia de posse de José de Lima Massano, que substitui no cargo Valter Filipe, exonerado, sexta-feira, a seu pedido.

Segundo João Lourenço, a indicação de José de Lima Massano foi feita na base da confiança de ser a pessoa com a responsabilidade de levar a banca de uma forma geral ao nível exigido pelas organizações financeiras mundiais.

“Confiamos nas suas qualidades intelectuais, profissionais, de homem íntegro e trabalhador e, por esta razão, acreditamos que com a equipa que vai necessariamente constituir vamos vencer esta batalha”, referiu.

O Presidente de Angola garantiu ainda apoio ao novo governador do banco central angolano, através da criação de todas as condições para o êxito da sua missão.

“Daqui para a frente, quando se falar de boa governação, a mesma, passa também pelo bom funcionamento, não só do banco central, mas da banca angolana de forma geral”, salientou João Lourenço.

José de Lima Massano regressa assim às funções que já tinha ocupado até janeiro de 2015, substituindo Valter Filipe, que estava no cargo desde março de 2016.

Depois de deixar o BNA, José de Lima Massano exerceu as funções de presidente do conselho executivo do Banco Angolano de Investimentos.

A saída de Valter Filipe aconteceu 11 dias depois de o Presidente angolano ter avisado o BNA que tinha que cumprir “de forma competente” o seu papel enquanto entidade reguladora do sistema bancário, criticando a distribuição das “escassas divisas” por um pequeno grupo de empresas.

A posição foi assumida por João Lourenço no anual discurso, na Assembleia Nacional, sobre o estado da Nação, a 16 de outubro, que foi então entendido como uma retirada de confiança política ao governador Valter Filipe, nomeado pelo anterior chefe de Estado, José Eduardo dos Santos.

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