Prêmio Portugal Telecom agora é “Oceanos Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa”

Mundo Lusíada
Com agencias

Na 13ª edição do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, José Luiz Passos foi o grande vencedor. Cintia Moscovich e Eucanaã Ferraz foram os vencedores nas categorias Conto e Poesia.
Na 13ª edição do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, José Luiz Passos foi o grande vencedor. Cintia Moscovich e Eucanaã Ferraz foram os vencedores nas categorias Conto e Poesia.

“Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa” vai substituir, a partir deste ano, o antigo Prêmio Portugal Telecom, com uma mudança no regulamento que não mais dividirá o galardão em categorias, passando a distinguir os quatro primeiros classificados.

As alterações foram divulgadas em 09 de junho em São Paulo, numa conferência de imprensa do diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, co-organizador do evento, e da curadora e produtora cultural brasileira Selma Caetano.

A divisão em três categorias – conto e crônica, poesia e romance -, que se verificou nas últimas edições do prêmio, vai dar lugar a uma classificação única para as criações literárias. Os quatro primeiros classificados, entre a lista de finalistas, receberão, respectivamente, prêmios de 100 mil reais (28.600 mil euros), 60 mil reais (17.200 euros), 40 mil reais (11.400 euros) e 30 mil reais (8.500 euros).

“No fim de cada edição do prêmio, fazemos uma discussão sobre possíveis mudanças. No ano passado, surgiu de novo a ideia de voltarmos a premiar sem a divisão [em categorias], porque acabavamos classificando obras que não se encaixavam exatamente nas categorias” existentes, informou Caetano.

O prêmio Portugal Telecom de literatura, criado para distinguir obras literárias de língua portuguesa, publicadas no Brasil no ano anterior, desaparece assim depois de 13 anos de atividade, após a venda da operadora portuguesa à francesa Altice.

Desde 2003, foram distinguidos com o prêmio escritores como os portugueses Valter Hugo Mãe e Gonçalo M. Tavares e os brasileiros Chico Buarque, Dalton Trevisan, Milton Hatoum e Sérgio Rodrigues, autor mineiro vencedor da edição do ano passado.

O Itaú Cultural deve arcar com o valor dos prêmios, com verbas de sua gestão, sem recurso a incentivos fiscais, informou Saron. O diretor do instituto disse ainda que foi contra o estabelecimento de “naming rights” (estabelecimento de direitos de designação do prêmio), e que apoiou um nome de “rápido entendimento” e alguma poesia, no universo da língua portuguesa.

Mas o Prêmio Oceanos ainda está em fase de “transição” e poderá sofrer mudanças nas próximas edições. “Este é um ano de aprendizagem e transição. Muitos dos `inputs` que recebermos versarão sobre como será o próximo ano”.

Inscrições
As inscrições para a edição deste ano do “Oceanos” têm início neste 10 de junho, e encerram em um mês, 10 de julho. Podem ser feitas através da página do prêmio na internet, no site do Itaú Cultural em www.itaucultural.org.br/oceanos2015.

Podem concorrer livros publicados em língua portuguesa, em 2014, no Brasil, incluindo obras editadas noutros países, a partir de 2011, desde que também tenham chegado ao mercado livreiro do Brasil, no ano passado.

Além de Selma Caetano, fazem também parte da curadoria do prêmio os escritores Noemi Jaffe e Rodrigo Lacerda, também editor. Outra novidade desta edição foi a formação de um Conselho Consultivo para as decisões sobre o regulamento e sobre a organização do concurso, com dez pessoas, entre elas Selma Caetano e Claudiney Ferreira, gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural.

Os outros participantes do conselho são os brasileiros Antonio Carlos Secchin, poeta e membro da Academia Brasileira de Letras, Beatriz Resende, Benjamin Abdala Jr. e Leyla Perrone-Moysés, professores universitários e críticos literários, Flora Sussekind e Lourival Holanda, investigadores, escritores e críticos literários, José Castelo, romancista e crítico, e Manuel da Costa Pinto, jornalista cultural.

A entrega do galardão, realizada no ano passado no Rio de Janeiro, vai regressar a São Paulo, ao Auditório do Ibirapuera, que é gerido pelo Itaú Cultural.

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