Portugal vai ajudar Angola a criar colégio militar em Luanda

Da Redação
Com Lusa

Militares da GNR, desfilam em frente à tribuna de honra durante a cerimônia militar do 104º aniversário da Guarda Nacional Republicana na Praça do Império em Lisboa. STEVEN GOVERNO/LUSA
Militares da GNR em Lisboa. STEVEN GOVERNO/LUSA

O Governo de Portugal vai apresentar até ao final deste ano um projeto para ajudar Angola a criar um colégio militar em Luanda, o primeiro de vários que as autoridades angolanas pretendem instalar pelo país.

O anúncio foi feito em Luanda pela Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Berta Cabral, à saída de um encontro que manteve com o Secretário de Estado da Defesa de Angola, almirante Gaspar Rufino.

Berta Cabral, que está em Luanda para uma visita de trabalho de dois dias, considerou, em declarações à imprensa, “muito produtiva” a reunião entre as delegações portuguesa e angolana, que tiveram na agenda temas ligados à cooperação técnico-militar entre os dois países, com destaque para a educação, saúde e indústrias de defesa.

“Tratamos daquilo que é a cooperação ao nível de estudantes que vão de Angola para Portugal, quer para o colégio militar, quer para as academias das Forças Armadas, mas também da possibilidade de instalar em Angola colégios militares”, disse a governante.

A nível da saúde militar, adiantou Berta Cabral, ficou definida a realização de um seminário já no mês de setembro para se abordarem várias questões da cooperação, que estão em curso e para fechar alguns dossiers.

Segundo a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional de Portugal, foiçou igualmente acordado a apresentação de propostas para o atendimento em Lisboa no hospital das Forças Armadas de militares ou ex-militares para assistência médica.

Relativamente às indústrias de defesa, Berta Cabral disse o Governo angolano continua disponível para que Portugal venha a ser fornecedor de navios de patrulha oceânica, reconhecendo que o momento atual de crise econômica para Angola “não é o melhor”.

“Reconhecemos que este não é o melhor momento para se abordar este tipo de questões, porque Angola está como Portugal: também já passou uma fase difícil e felizmente agora já está a sair dela, também deixamos essa esperança aqui”, disse a governante.

“Há momentos difíceis, há fases mais complicadas mas passam e o futuro será um futuro de cooperação também nessa área, mas não é de fato a melhor altura para concretizar esse tipo de operações”, acrescentou.

De acordo com o programa de visita, Berta Cabral tem previsto para quarta-feira visitas à Academia Naval angolana, à Escola Superior de Guerra, à Cooperação Técnico-militar e ao Memorial Dr. Agostinho Neto, o primeiro Presidente de Angola.

Na quinta-feira, o programa reserva uma deslocação à Catumbela, província angolana de Benguela, litoral sul, para visitas à Academia da Força Aérea Nacional e à Academia Militar do Exército.

De regresso a Luanda, Berta Cabral deverá ser recebida pelo ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Cândido Pereira Van-Dúnem.

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