Portugal e Timor-Leste são os mais pacíficos entre os países de língua portuguesa

Mundo Lusíada
Com agencias

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O presidente de Portugal, e o presidente de Timor-Leste.

Portugal em 11.º e Timor-Leste em 58.º são os países de língua oficial portuguesa mais bem colocados entre os 162 listados no Índice Global de Paz 2015, que não classifica Cabo Verde nem São Tomé e Príncipe.

A Europa alcançou níveis históricos de paz, enquanto a região Médio Oriente e Norte de África é a mais violenta do mundo, segundo o Índice Global de Paz 2015, onde Portugal surge no 11.º lugar.

De acordo com o Índice Global de Paz (IGP), elaborado pelo Instituto para Economia e Paz sediado em Sydney, a Islândia é o país mais pacífico do mundo, ocupando a Síria o último lugar da lista de 162 estados, que possuem 99,6% da população mundial.

“Quatro das nove regiões geográficas experimentaram (o ano passado) uma melhoria” em termos de paz e as restantes “cinco regiões tornaram-se menos pacíficas”, com as “mudanças mais substanciais” a registrarem-se na região do Médio Oriente e Norte de África, refere o relatório.

Os indicadores utilizados para elaborar a lista dos países incluem segurança pública, violência policial, taxa de homicídios, justiça social, terrorismo, participação em conflitos, grau de militarização e gastos com armas.

Os dez países mais pacíficos do mundo são, depois da Islândia, a Dinamarca, Áustria, Nova Zelândia, Suíça, Finlândia, Canadá, Japão, Austrália e República Checa.

Portugal aparece imediatamente a seguir ocupando a 11.ª posição, seguido da Irlanda, enquanto a Alemanha surge em 16.º lugar e a Espanha em 21.º.

Os últimos da lista são a Coreia do Sul (153), Paquistão, República Democrática do Congo, Sudão, Somália, República Centro Africana, Sudão do Sul, Afeganistão e Iraque (161), logo atrás da Síria.

O IGP indica ainda que a Líbia foi o país que mais desceu na classificação, caiu 13 lugares para a posição 149, enquanto a Guiné-Bissau foi o que mais subiu, 24 lugares, aparecendo agora na 120.ª posição.

Segundo o estudo, o ano passado aumentou significativamente a intensidade dos conflitos armados, tendo-se registrado mais de 180.000 mortos face a 49.000 em 2010. Houve ainda mais 9% de mortes (cerca de 20.000) devido ao terrorismo.

A atividade terrorista tem-se propagado desde o Médio Oriente e Norte de África para a África subsaariana, com maior aumento na Nigéria, Camarões e Níger, área de atuação do grupo radical islâmico Boko Haram.

O relatório assinala ainda que quase 1& da população mundial, cerca de 50 milhões de pessoas, está refugiada ou integra o grupo de deslocados internos, o nível mais alto desde 1945, no final da Segunda Guerra Mundial.

O impacto da violência na economia global foi de 14,3 biliões de dólares (12,6 biliões de euros), o equivalente a 13,4 % do produto interno bruto (PIB) mundial o ano passado, o mesmo das economias combinadas do Brasil, Canadá, França, Alemanha, Espanha e Reino Unido, indica o estudo.

O valor inclui gastos militares de três biliões de dólares (2,6 biliões de euros) e com a segurança interna de 1,3 biliões de dólares (1,1 biliões de euros), perdas por crime e violência interpessoal de dois biliões de dólares (1,7 biliões de euros) e perdas devido a conflitos de 817 mil milhões de dólares (724 mil milhões de euros).

ONU
O Painel Independente de Alto Nível sobre Operações de Paz concluiu no dia 16 de junho o relatório a respeito do estado atual das missões militares da ONU no mundo. O grupo de 15 especialistas chefiado pelo ex-presidente de Timor-Leste e prêmio Nobel da Paz, José Ramos-Horta, deixou claro que a ONU deve ter como foco a prevenção de conflitos.

José Ramos-Horta citou também as principais mudanças que as Nações Unidas devem realizar. “Atenção às operações de paz no terreno, melhoria na operacionalidade das forças de manutenção da paz, apoio através de meios aéreos, meios logísticos e condições de trabalho. Isto são algumas coisas que podem ser vistas e melhoradas. Mas há outras que requerem estudo e mudança e alteração de política.”

Além disso, o Painel declarou que os boinas azuis da ONU estão, cada vez mais, sendo requisitados para controlar conflitos.  Os especialistas afirmaram que a ONU não deve participar de operações militares contra terrorismo.

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