Países lusófonos têm menos 6 milhões de pessoas a passar fome, segundo a ONU

Da Redação
Com Rádio ONU

Foto: Banco Mundial
Foto: Banco Mundial

O representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, citou melhorias “muito significativas” no combate à fome no bloco.

Helder Muteia disse que, em três anos, o número de pessoas famintas e vítimas de insegurança alimentar e nutricional reduziu de 28 milhões para 22 milhões. A agência e a comunidade adotaram o plano conjunto para abordar a fome numa cimeira que decorreu em Maputo, em 2012.

“A incidência da fome na Guiné-Bissau era de cerca de 23% e hoje está em 20,7%. Uma redução exemplar que tivemos foi em Angola, que tinha uma situação crítica em 1990-1992, 63,5%, e reduziu para cerca de 14%. Foi uma redução drástica e a FAO atribuiu uma menção honrosa a Angola por esse feito. Mas também São Tomé e Príncipe, que saiu de uma incidência de 22,9% para cerca de 6,6% presentemente.”

Muteia disse esperar que o grupo de países continue ativo e com “medidas de cooperação em língua portuguesa”, para enfrentar a insegurança alimentar. O enviado citou avanços mesmo em casos considerados menos extremos.

Cabo Verde e Brasil
“Em Cabo Verde, a situação não era tão crítica. Estava a 16,1% nessa altura e hoje está em 9,4%. Outro valor assinalável foi alcançado pelo Brasil. O país estava com 14,8% e reduziu para 5% e está ao nível dos países desenvolvidos. São menos de 5% da incidência da fome. O Brasil tem também um conjunto de políticas públicas que foram adotadas nos últimos 10 anos e reduziram o espetro da fome até o nível que nós temos hoje.”

A expectativa com a realização da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Cplp em Brasília, de 31 de outubro a 1 de novembro, é que a segurança alimentar seja uma prioridade nas discussões.

A Estratégia Regional da Cplp para a Segurança Alimentar e Nutricional teve US$ 500 mil investidos pela agência para dar apoio a governos, Parlamentos e entidades não-governamentais na execução do plano no bloco.

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