Países de língua portuguesa terão metas ambientais compartilhadas

Estão abertas, até 15 de abril, as inscrições para o e-Congresso de Saúde Ambiental.

 

Da Redação

Os antigos Presidentes (E/D) de Portugal, Mário Soares, de Cabo-Verde, Pedro Pires, da Assembleia da República de Portugal, Jaime Gama, o secretário Executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, de Moçambique, Joaquim Chissano, e de Portugal, Jorge Sampaio, durante o Colóquio "CPLP - Uma oportunidade histórica", em Lisboa, 07 de fevereiro de 2012. Foto: JOAO RELVAS / LUSA
Foto Arquivo: JOAO RELVAS / LUSA

Durante a VI Conferência de Ministros de Meio Ambiente da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Maputo, Moçambique, participantes assinaram a Declaração de Maputo com metas comuns para o desenvolvimento sustentável nos oito países-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. O encontro aconteceu em 11 de abril.

O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Paulo Guilherme Cabral, representou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, no encontro. “Esta VI Conferência permitiu fortalecer a cooperação mútua e a definição de pontos comuns em relação aos acordos internacionais, especialmente em relação às convenções do Rio: desertificação, biodiversidade e clima”, destacou.

Segundo Cabral, as preocupações com as mudanças do clima e o estabelecimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram os principais temas tratados. “O Brasil tem muito a contribuir em função dos resultados alcançados e por ser um líder no desafio da redução da pobreza extrema”, afirmou.

O governo brasileiro estabeleceu acordos de cooperação com a CPLP para ações na área de educação ambiental, por meio do Circuito Tela Verde de vídeos com temática de proteção ao meio ambiente; capacitação para monitoramento da água, com a atuação da Agência Nacional de Águas (ANA); e ações de combate à desertificação, no âmbito dos esforços para a implantação da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD).

Em 2006, o MMA realizou, em Brasília, a III Reunião de Ministros de Meio Ambiente da CPLP, na qual foi aprovada a Declaração de Brasília e a Plataforma de Cooperação da CPLP na Área Ambiental. A Plataforma de Cooperação da CPLP na Área Ambiental constitui a principal referência do grupo para o estabelecimento de ações de cooperação, mas sua implantação é dificultada pela falta de recursos financeiros e pela fragilidade das instituições em alguns dos estados-membros.

Congresso Ambiental

Estão abertas, até 15 de abril, as inscrições para o e-Congresso de Saúde Ambiental nos Países de Língua Portuguesa (SALP’14), que será realizado em 7 e 8 de maio. Promovido pela Sociedade Portuguesa de Saúde Ambiental e com o apoio da CPLP, o e-Congresso visa desenvolver uma plataforma de colaboração técnico-científica que permita uma cooperação mais estreita nos países de língua portuguesa, proporcionando melhor conhecimento das relações entre ambiente e saúde – um tema de grande amplitude e com diversas problemáticas e especificidades.

O e-congresso contará com a participação de representantes de Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste e é destinado a docentes, pesquisadores, estudantes, empresários, profissionais dos setores público e privado, gestores e tomadores de decisão nas áreas de saúde e saúde ambiental. O evento será integralmente realizado online, a partir dos estúdios da Fundação para a Computação Cientifica Nacional, em Lisboa, e a participação pode ocorrer de qualquer lugar do mundo através da internet.

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, vai integrar a Comissão de Honra do evento. Para o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação, Valcler Rangel, o e-Congresso é uma iniciativa pioneira de fazer com que os países lusófonos apresentem seus perfis e agendas de saúde e ambiente, além de ser um espaço de troca de experiências. “O congresso online abre espaço para cooperações bilaterais e multilaterais via CPLP e amplia os debates na área”, afirma.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: