Na ONU, presidente de Moçambique fala dos progressos alcançados e da segurança internacional

Filipe Jacinto Nyusi em discurso na 70ª Assembleia Geral. Foto: ONU/Cia Pak
Filipe Jacinto Nyusi em discurso na 70ª Assembleia Geral. Foto: ONU/Cia Pak

Da Redação
Com agencias

Ao discursar na 70ª Assembleia Geral da ONU, o presidente de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, anunciou que o país “concluiu com êxito” o programa de desminar.

“Libertamos as áreas de risco conhecidas que totalizavam 500 milhões de metros quadrados de terra. De pouco valia termos a nossa pátria se os nossos pés estavam interditos de nela viajar em toda a sua extensão ou mesmo de praticar a agricultura, a pecuária, o turismo ou mesmo extrair o nosso carvão ou o grafite. Esta é uma vitória que celebramos com intensa emoção.”

O presidente moçambicano mencionou que este ano marca o aniversário de 70 anos das Nações Unidas e quatro décadas de independência do país.

“Celebramos 40 anos de cooperação com as Nações Unidas, portanto, com esta casa. Estamos em festa e as Nações Unidas devem se orgulhar pela estabilidade e crescimento de Moçambique. Temos uma responsabilidade acrescida de manter este crescimento.”

Na Assembleia Geral, Filipe Jacinto Nyusi disse que a ONU “não conseguiu de forma plena garantir a paz e segurança internacional”. “Conflitos inter e intraestatais proliferam sobretudo em África e no Médio Oriente. O fenômeno do terrorismo vai se afirmando como uma das mais graves ameaças da atualidade. A descolonização ainda não está completa e o subdesenvolvimento está longe de passar para a história(…) Contudo, fracassos não podem ser vistos como um fatalismo. Devem ser assumidos como desafios que exigem mais do que meras palavras”.

O presidente moçambicano afirmou ainda que “sem as Nações Unidas, o contexto político, econômico e social em que vivemos seria, certamente, bem pior”.
Os debates de alto nível da Assembleia Geral da ONU foram iniciados esta segunda-feira e seguem até sábado.

Lições
Já no sábado, o presidente de Moçambique destacou as lições aprendidas pelo país com vista ao cumprimento de estratégias globais para o desenvolvimento, durante a Cimeira sobre Desenvolvimento Sustentável.

Filipe Jacinto Nyusi destacou os esforços do país para executar a Agenda de Desenvolvimento do Milênio, cujo prazo termina em 2015.

“Aprendemos que só é possível alcançar os resultados desejados se os objetivos globais são parte integrante da nossa agenda de governação nacional. Aprendemos que é possível se com a nossa iniciativa que podemos mobilizar e envolver todas as partes interessadas a uma ação coletiva. Aprendemos a necessidade de reforçar a coordenação de modo a que o centro do palco da nossa ação centra-se em homem.”

Para Moçambique, o indivíduo é o capital mais importante para os países. O primeiro discurso de Nyusi na ONU, após a sua eleição, destacou ainda os feitos na área da saúde marcada pela redução da mortalidade infantil. Desde o ano 2000, o país baixou em média 100 mortes de crianças menores de um ano em cada mil nascimentos.

Em relação às vidas perdidas em menores de cinco anos, houve uma queda de “cerca de 150 para uma média de 97 em cada mil nascimentos”. O líder moçambicano disse que o seu país celebra também a expansão do acesso à educação nos últimos 15 anos.

“Esta permitiu colocar 80% das crianças em idade escolar a frequentarem o ensino primário. A nossa ação governativa incidiu na sensibilização das comunidades, principalmente nas zonas rurais. Desencorajamos da desistência da rapariga no ensino, possibilitando o alcance do equilíbrio de gênero no acesso ao ensino primário.”

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