Moçambique entre cinco maiores da África em projetos com investimento estrangeiro

Da Redação
Com Lusa

A estátua de Samora Machel foi construída na Coreia do Norte e será descerrada no dia 19 de outubro no largo da Praça da Independência em cerimônia solene com a participação de dignitários nacionais e estrangeiros, incluindo a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Foto: ANTONIO SILVA/LUSA
Foto: ANTONIO SILVA/LUSA

Moçambique foi o quinto país africano em número de projetos com Investimento Direto Estrangeiro em 2014, subindo 67% face a 2013, e ocupa o quarto lugar em valor, tendo recebido 9 bilhões de dólares.

De acordo com o jornal britânico, que cita o FDi Intelligence, uma divisão estatística do grupo Financial Times, África foi a região do mundo que mais cresceu em termos de IDE, tendo aumentado o número de projetos em 6% e as verbas em 65%, para 87 bilhões de dólares, o que compara com o crescimento mundial de apenas 1%.

Em Moçambique, onde o Fundo Monetário Internacional estima um crescimento de 7% este ano, foram recebidos 9 bilhões de dólares em investimentos de capital no ano passado, sendo a maior parte destinada ao imobiliário, um setor impulsionado pelos planos da belga Pylos de construção de mais de uma dúzia de centros comerciais e pelos projetos de investimento da africana Atterbury Property Developments nas cidades da Beira, Pemba e Nacala.

Segundo os dados, o crescimento do IDE foi balançado entre as duas metades do continente, com os investimentos de capital no norte de África a mais que duplicarem, de 10 para 26 bilhões de dólares, enquanto a África subsariana viu os seus níveis de investimento subirem de 42 para 61 bilhões de dólares.

A canalização do IDE tende a ser orientado pelo mercado, conclui o estudo citado pelo FT, que nota, assim, que as economias que registraram um forte crescimento no ano passado também receberam um aumento de IDE em volume.

O continente africano cresceu 5% no ano passado, estando 1,5 pontos acima do crescimento da economia mundial, e para este ano quer o Fundo Monetário Internacional quer o Banco Mundial alertaram para um abrandamento do crescimento, para entre 4 e 4,5%, devido aos efeitos da descida dos preços do petróleo e ao impacto da crise do Ébola, mas para o ano já é esperada uma recuperação para os 5%.

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