Moçambique: Conselho Constitucional divulga resultado das eleições e oposição critica

Da Redação
Com Lusa

A estátua de Samora Machel foi construída na Coreia do Norte e será descerrada no dia 19 de outubro no largo da Praça da Independência em cerimônia solene com a participação de dignitários nacionais e estrangeiros, incluindo a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Foto: ANTONIO SILVA/LUSA
Foto: ANTONIO SILVA/LUSA

O Conselho Constitucional (CC) moçambicano proclamou em 30 de dezembro Filipe Nyusi vencedor da eleição presidencial moçambicana de 15 de outubro e o seu partido, Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder, vencedor das eleições legislativas e provinciais.

A Renamo, principal partido de oposição moçambicana, havia acusado o partido no poder de ter dado ordens ao Conselho Constitucional para se limitar a validar os resultados das eleições gerais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

“Todos os juízes-conselheiros do Conselho Constitucional dançam a música da Frelimo. Não esperamos nada deste conselho. A Frelimo ordenou os juízes do Conselho Constitucional para lerem e confirmar o que a Comissão Nacional de Eleições foi ordenado a ler pela Frelimo”, disse, em conferência de imprensa, o porta-voz da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), António Muchanga, sobre a divulgação na terça-feira dos resultados das eleições gerais de 15 de outubro.

O porta-voz da Renamo reiterou a exigência do partido de um governo de gestão como solução para a alegada fraude ocorrida nas eleições gerais, defendendo negociações para a superação da tensão gerada pela recusa do movimento em aceitar os resultados das eleições gerais.

“Já anunciamos publicamente que a solução para todos os problemas envolve negociações”, declarou António Muchanga.

O porta-voz da Renamo acusou ainda a Frelimo de estar a enviar para as províncias “brigadas de intimidação”, referindo-se às brigadas que o partido no poder anunciou fim-de-semana que vai mandar para as províncias para acompanharem a proclamação dos resultados das eleições gerais.

Segundo o líder da Renamo, o CC tem “a oportunidade de ser imparcial e ter a coragem política de indicar os problemas e invalidar as eleições, sem cumprir ordens do Governo nem do Comitê da Frelimo”, para erradicar a “cultura de fraudes” em Moçambique.

Por seu turno, a Frelimo já anunciou que não vai permitir que a Renamo crie agitação, aludindo a ameaças de convocação de manifestações pelo principal partido da oposição contra os resultados do escrutínio.

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