Mesmo com desaceleração, Brasil vai manter apoio a países lusófonos

Da Redação

Ministro brasileiro Antonio de Aguiar Patriota com o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Balói. Foto: Secretariado Executivo / CPLP
Arquivo: Ministro brasileiro Antonio de Aguiar Patriota com o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Balói. Foto: Secretariado Executivo / CPLP

O Brasil reconheceu que a desaceleração econômica no país limitou a ajuda e ao modelo de Cooperação Sul-Sul, que envolve nações em desenvolvimento.

Mas ainda assim o embaixador do país junto às Nações Unidas declarou que nesses momentos Brasília deu primazia aos parceiros de língua portuguesa. Antonio Patriota deve deixar o cargo esta semana a caminho de seu novo posto na Itália.

“A expectativa é que a recessão tenha atingido o fundo do poço e que agora as circunstâncias comecem a melhorar e as previsões inclusive do Fundo Monetário Internacional começam a ser bem mais positivas do que eram há dois ou três anos. Para os próximos três anos Isso limitou um pouco o crescimento da Cooperação Sul-Sul mas não levou a interrupção de várias iniciativas que já estavam em curso. Países que foram identificados como prioritários para o Brasil, como o Haiti, continuam a ser importantes recipientes da assistência brasileira e os lusófonos da África também se encontram nessa categoria.”

Na conversa com a Rádio ONU, Patriota revelou que a experiência brasileira vai continuar a ser multiplicada por agências das Nações Unidas que atuam nos países.

Ele mencionou iniciativas de programas e fundos que se reorganizam como “plataformas de cooperação da área Sul-Sul”, com base em modelos do seu país.

“Temos trabalhado com Moçambique, com Angola, com Guiné-Bissau. Ajudamos também a construir um centro de treinamento de policiais bissau-guineenses e continuaremos dando prioridades a ações com estes países. Com Timor-Leste temos podido desenvolver essa cooperação.”

O diplomata destacou que os modelos nacionais agora partilhados partem de desafios que agora são menos significativos no país e resultaram em avanços na área social como população, violência à mulher, desenvolvimento e saúde.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, Patriota deve ser substituído em Nova York pelo embaixador Mauro Vieira.

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