Faltam professores de português para abrir escolas de referência em Timor-Leste

Da Redação
Com Lusa

ProfessoresSPnoTimorDoze das treze escolas de referência de Timor-Leste continuam por abrir três semanas depois do arranque do ano letivo devido a atrasos no envio de professores pelo Governo português, segundo fonte do Ministério da Educação timorense.

Fonte diplomática confirmou à Lusa que ainda não há data para a chegada dos entre 140 e 150 professores que devem ser distribuídos pelos 13 centros de ensino, localizados em cada uma das 13 capitais de município do país.

Estes Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), conhecidas como escolas de referência, são o elemento mais importante do programa de apoio ao ensino do português em Timor-Leste, abrangendo mais de 7.000 alunos dos ensinos pré-escolar e básico.

O protocolo existente entre Timor-Leste e Portugal para estas escolas prevê que Lisboa pague os salários dos 150 docentes que devem ser enviados para o país, cabendo a Díli o pagamento das viagens e ajudas de custo.

As escolas têm sido nos últimos anos afetadas por vários problemas, com atrasos sucessivos da parte de Portugal no envio de professores e repetidos atrasos nos pagamentos das ajudas de custo por parte de Timor-Leste, que chegam a acumular vários meses.

Os funcionários das escolas já ficaram também vários meses sem receber salários.

As escolas de referência do país deveriam ter aberto a 11 de janeiro, data do arranque do ano letivo de todas as escolas do sistema de ensino timorense, mas apenas a de Díli abriu, neste caso, devido à maior experiência dos professores timorenses que ali trabalham.

Apadrinhadas pelos principais líderes timorenses, o projeto é igualmente apoiado pelo atual ministro da Educação, António da Conceição, ainda que continue a ter oposição dentro e fora do próprio Ministério.

“Atrasos como este tornam o papel de quem defende este projeto muito mais difícil”, disse à Lusa fonte sênior do Ministério da Educação timorense.

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