Ensino do português e relações comerciais dominam encontros de MNE com homólogos africanos

Da Redação
Com Lusa

MinistroSantosSilva_CPLPO ensino do português e o aprofundamento das relações comerciais foram os principais temas abordados pelo chefe da diplomacia portuguesa com homólogos de países africanos à margem da cimeira da União Africana, na Etiópia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Assuntos Santos Silva, assistiu entre terça-feira e quinta a cimeira da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia, à margem da qual manteve encontros “muito produtivos” com os homólogos da Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Nigéria, Senegal, Namíbia, Etiópia, Gana, Costa do Marfim, Egito e República Democrática do Congo.

“A todos os colegas com os quais me pude reunir transmiti a disponibilidade de Portugal para apoiar os esforços de difusão da língua portuguesa e do ensino do português nos respetivos países”, algo que o Governo assume como “uma prioridade absoluta”, disse o governante à Lusa.

Santos Silva destacou os casos do Senegal e Namíbia, onde a língua portuguesa foi integrada no currículo nacional do ensino secundário. No Senegal, 43 mil estudantes têm acesso ao português como língua estrangeira, enquanto na Namíbia foi feito “um trabalho notabilíssimo que permitiu consolidar o português como uma das línguas de ensino”.

Por outro lado, os contatos bilaterais incidiram sobre a área econômica, nomeadamente com os chefes da diplomacia do Egito, Etiópia e Nigéria.

O comércio e o investimento são “das áreas mais importantes do estreitamento de relações”, ao nível das forças vivas dos países, e “permitem criar riqueza e emprego, sendo benéficas para todos”.

Os encontros foram também uma oportunidade para abordar outros temas da atualidade internacional.

“Com o colega do Senegal falei amplamente sobre a situação [de instabilidade institucional] que se vive na Guiné-Bissau. Com os meus colegas do Gana, Senegal e Nigéria, falei com cuidado sobre a estratégia para a segurança marítima do golfo da Guiné”, disse o ministro, que recordou que Lisboa tem “especiais responsabilidades” nesta matéria, por ocupar este ano a presidência do grupo dito 7 mais amigos do Golfo da Guiné, e portanto temos especiais responsabilidades.

Depois de Adis Abeba, o ministro dirige-se hoje para Abu Dhabi, onde vai ter, esta sexta-feira, um encontro de trabalho com o chefe da diplomacia dos Emirados Árabes Unidos, Xeque Abdullah bin Zayed Al Nahyan.

No encontro em Abu Dhabi, “os dois governantes terão oportunidade de refletir sobre o presente e o futuro do excelente relacionamento bilateral, que tem conhecido progressiva relevância e uma crescente aproximação ao longo da última década”, com “avanços significativos nos domínios político-diplomático, econômico e cultural”, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A reunião será também dedicada a uma análise conjunta da situação no Médio Oriente e das diferentes problemáticas que afetam a região.

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