Cabo Verde promove debate sobre Língua Portuguesa e Cultura Lusófona

Da Redação
Com Lusa

DiretoriaCPLP_GeorginaMelloCVCabo Verde celebra na quarta e na sexta-feira o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP, que contará com debates sobre o futuro do idioma, segundo o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP).

Em comunicado, o IILP, que promove os eventos em parceria com a Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa dos Observadores Consultivos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adianta que os debates realizam-se na quarta-feira na Cidade da Praia e, dois dias depois, no Mindelo.

Os eventos visam a partilha de uma “herança histórica” partilhada nos quatro continentes, lê-se na nota, que adianta que, entre os temas a abordar, estão “Português, Língua de Cultura, de Ciência e de Conhecimento”, “Potencial Económico da Língua Portuguesa” e “Promoção e Difusão da Língua Portuguesa”.

A conferência na Cidade da Praia conta com a participação do secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, da diretora Executiva do IILP, Marisa Mendonça, do coordenador da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa, Eugénio Anacoreta Correia e dos embaixadores de Angola, Brasil, e Portugal.

A do Mindelo, em que Anacoreta Correia também estará presente, contará com o ministro da Cultura cabo-verdiano, Mário Lúcio Sousa, e a diretora geral da CPLP, Georgina Benrós de Mello, diretora geral da CPLP.

O Dia da Língua Portuguesa e da Cultura Lusófona foi assinalado a 05 de maio em oito dos nove Estados membros da CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A Guiné Equatorial não participou.

Ambiente
A CPLP constituiu, também na Cidade da Praia, um centro para fomentar a investigação na área das geociências ambientais e para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas.

O Centro Internacional de Investigação Climática e Aplicações (CIICLAA) é resultado de uma recomendação feita durante a V Reunião de Ministros do Ambiente da CPLP, realizada na ilha cabo-verdiana do Sal em maio de 2012, e consagrado em julho do mesmo ano na IX Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada em Maputo, Moçambique.

O CIICLAA, que terá sede administrativa na Universidade Pública de Cabo Verde (Uni-CV) e um polo operacional no Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) cabo-verdiano, tem como primeira prioridade a CPLP, mas está aberto aos restantes países e centros regionais em África e à Região Administrativa Especial de Macau – China.

Podem fazer parte do centro as universidades, empresas, investigadores, fundações, ONGs, institutos, sendo que outras instituições podem aderir mesmo depois do acordo constitutivo assinado pelos membros fundadores. Na fase inicial, o centro pretende desenvolver 10 projetos em áreas como previsão sazonal, gestão da água, clima urbano, malária, desenvolvimento sustentável, tudo avaliado em 22,3 milhões de euros.

Segundo a diretora-geral da CPLP, Georgina Benrós de Mello, o CIICLAA vai representar conhecimento, investigação e ciência feitos em países de língua portuguesa e em língua portuguesa para servir ao mundo. Entendendo também que o centro vai permitir evitar a “fuga de cérebros” dos países de língua portuguesa, Georgina Mello considerou que é preciso valorizar mais o conhecimento que é feito nos nesses países e promovê-lo em outras partes do mundo.

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