Aicep: Mercado Lusófono detêm PIB superior a 2,5 bilhões de dólares

Mundo Lusíada
Com Lusa

AICEPMiguelFrasquilhoO presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) Miguel Frasquilho lamentou que as potencialidades do mercado lusófono em termos econômicos, comerciais e de investimento sejam “uma realidade que parece não ter sido compreendida por todos”.

Em declarações à Lusa, Miguel salientou que os países da lusofonia albergam “250 milhões de habitantes que representam um mercado de consumo muito relevante e que, em conjunto com mais de um milhão de empresas desse espaço, detêm um PIB superior a 2,5 biliões de dólares, cerca de 4% do produto gerado a nível mundial”. Esta realidade, lamenta, “parece ainda não ter sido compreendida por todos, nomeadamente no que tal pode representar em termos econômicos, em termos de relações comerciais, de internacionalização e de investimento para os países da lusofonia”.

Frasquilho lembra que “os fluxos de investimento direto estrangeiro dirigidos aos países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] têm sido intensos e crescentes, registrando desde 2009 uma taxa de crescimento médio anual de cerca de 9%” e acrescenta que “ao nível do investimento, os países da CPLP têm-se evidenciado como polo de atração de IDE (investimento direto estrangeiro)”.

Nos últimos quatro anos, “o IDE na CPLP registrou uma taxa de crescimento médio anual superior a 13% (um aumento de 65% em valor) o que, tendo em conta que neste período ocorreu a crise financeira mundial, demonstra bem como os investidores mundiais estão a olhar para as potencialidades desta comunidade de países”, conclui Frasquilho.

Olhando para o caso de Moçambique, segundo a AICEP, constata-se que as exportações de bens e serviços de Portugal subiram significativamente nos últimos quatro anos, passando de 163,7 milhões de euros, em 2009, para 434,1 milhões, no ano passado, uma subida de 165%.

A CPLP vive um “ciclo virtuoso” de crescimento, diz Miguel Frasquilho. “O futuro do conjunto dos países da lusofonia passará, certamente, por uma maior preponderância no panorama econômico mundial”, defendeu.

Uma iniciativa neste sentido é da consultora Ernst & Young sobre a criação do LINk – Lusophone Investment Network, apresentada a classe empresarial este mês em Lisboa, e que visa potenciar os investimentos feitos no âmbito da lusofonia. O debate sobre as oportunidades para o investimento é o tema central destes encontros, bem como o proporcionar de oportunidades de networking entre os vários agentes participantes.

O primeiro deles em Lisboa contou com a presença do Ministro das Finanças da Guiné Equatorial, Eucario Bakale Angüe Oyana, do Secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, do Secretário Executivo da CPLP, Isaac Murargy, do Presidente da AICEP, Miguel Frasquilho, e de representantes das agências de investimento de países lusófonos.

Miguel Frasquilho substituiu Pedro Reis à frente da AICEP em abril deste ano. Economista e deputado do PSD há três legislaturas, Frasquilho já ocupou o cargo de secretário de Estado do Tesouro e Finanças do Governo de Durão Barroso.

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