AICEP abre escritório em São Tomé para promoção de negócios com Portugal

Da Redação
Com Lusa

AICEPMiguelFrasquilhoA Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) vai apoiar São Tomé e Príncipe e as suas empresas nas relações comerciais com Portugal, prometeu o presidente da instituição portuguesa.

“Vamos poder apoiar São Tomé e Príncipe e as empresas deste país no seu relacionamento com Portugal, quer ao nível do comércio quer ao nível do investimento”, disse Miguel Frasquinho, na cerimônia de inauguração do escritório da AICEP na embaixada de Portugal na capital são-tomense, em 13 de julho.

Miguel Frasquilho salientou ainda que a abertura de uma delegação da agência em São Tomé e Príncipe constitui “um movimento natural de aproximação e de apoio a muitas centenas de empresas com projetos neste país onde as oportunidades são imensas”. “É claro que pretendemos apoiar os casos de internacionalização das empresas portuguesas”, acrescentou.

No âmbito da inauguração do escritório, o AICEP organizou uma conferência subordinada ao tema “Negócios em Português”, para reforçar as relações econômicas entre São Tomé e Lisboa.

O evento foi presidido pelo chefe de Estado são-tomense, Manuel Pinto da Costa, que na intervenção de abertura defendeu a língua portuguesa como instrumento para potenciar as relações econômicas.

“A língua comum é de fato uma mais-valia que pode e deve potenciar as relações econômicas no espaço da CPLP com vantagens ao nível de escala num espaço que tem dado passos importantes a caminho de uma verdadeira comunidade de povos”, disse o chefe de Estado são-tomense.

São Tomé e Príncipe, salientou, “é uma economia de mercado aberta ao exterior e cuja melhoria no clima de negócios tem sido internacionalmente reconhecida nos últimos anos. O país oferece potencialidades evidentes devido à sua posição geoestratégica no seio do Golfo da Guiné com um mercado ao seu alcance de mais de 300 milhões de consumidores”.

“Estou firmemente convicto que o investimento estrangeiro privado pode e deve constituir uma importante e decisiva alavanca para o desenvolvimento e para a internacionalização da sua economia”, acrescentou.

No encerramento dos trabalhos, em nome do governo são-tomense, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Afonso Varela, apelou à “inovação” e “modernização” da classe empresarial são-tomense para esta ter maior poder de competitividade na economia.

Pelo governo português interveio o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira, que destacou a “muitas oportunidades” nos setores da agricultura, turismo, recursos naturais, pescas e carpintarias, as quais, disse, “deixam uma grande esperança para o futuro”.

FMI aprova empréstimo
Também a direção do Fundo Monetário Internacional anunciou a aprovação de um empréstimo de 6,2 milhões de dólares a São Tomé e Príncipe, para sustentar o programa de reformas do Governo e resolver os atrasos nos pagamentos.

“O novo empréstimo ao abrigo da Facilidade de Crédito Alargado pretende apoiar o programa de reformas econômicas do Governo, que pretende fortalecer as finanças públicas, reduzir as vulnerabilidades da balança de pagamentos e limpar os grandes atrasos nos pagamentos”, lê-se no comunicado de imprensa que apresenta o empréstimo de cerca de 5,6 milhões de euros, divulgado em 14 de julho em Washington.

“A economia de São Tomé e Príncipe tem-se fortalecido nos últimos anos, mas os elevados níveis de dívida pública e a pobreza continuam entre os maiores desafios políticos”, comentou o vice-diretor do FMI Mitsuhiro Furusawa.

O crescimento do Produto Interno Bruto tem aumentado, a inflação tem-se mantido baixa, e as reservas internacionais aumentaram, por isso, diz, “as perspetivas de médio prazo são genericamente favoráveis, com a aceleração do crescimento a ser impulsionada pelo investimento externo relacionado com o turismo e um aumento dos projetos financiados pelos doadores internacionais”.

O programa do FMI está ancorado na manutenção da dívida num caminho sustentável através da contínua consolidação orçamental, apesar de criar espaço para despesas sociais e reprodutíveis na economia, acrescenta o comentário de Mitsuhiro Furusawa, que sublinha ainda que “as autoridades planeiam implementar reformas estruturais abrangentes para melhorar os preços dos combustíveis, diversificar e alargar a sua base de exportações, facilitar o acesso ao crédito e promover o crescimento baseado na expansão do setor privado”.

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