Sindicato vai entregar ao Governo proposta para questão salarial de funcionários consulares no Brasil

Da Redação
Com Lusa

EmbaixadaPtBrasiliaO sindicato dos trabalhadores consulares deve entregar uma proposta de acordo sobre a questão salarial dos funcionários do Governo português no Brasil até ao final da próxima semana, anunciaram as partes envolvidas na negociação, em 21 de março.

“O STCDE vai apresentar uma proposta até ao final da próxima semana. Vamos fazer um levantamento de situações concretas, que vamos por em cima da mesa”, disse à Lusa Rosa Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas.

Rosa Ribeiro fez estas declarações após o final da reunião com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), em Lisboa.

“Há o acordo, por parte do Ministério, em estudar tudo aquilo que vamos apresentar e rapidamente dar-nos uma resposta, num prazo de oito a 10 dias”, referiu Rosa Ribeiro, apontando para o início de abril a próxima reunião como o Governo.

Para a sindicalista, houve um “retomar das negociações” e a reunião teve pontos “positivos”. “Hoje, fundamentalmente, ficou assumido que o sindicato nos vai entregar um projeto de proposta de acordo com algumas questões que consideram relevantes para que futuramente, em sede de acordo coletivo de trabalho, possamos encontrar uma solução que, por um lado salvaguarde questões orçamentais e, em segundo lugar, que é a nossa primeira preocupação, salvaguarde a garantia e a segurança jurídica deste acordo”, disse à Lusa José Luís Carneiro.

Segundo o secretário de Estado “num passado recente, foram feitos acordos e, pouco tempo depois, não foram respeitados e houve litigância contra o Estado português”.

“Há uma vontade muito firme, quer do sindicato, quer do Ministério dos Negócios Estrangeiros, de tudo fazer para encontrarmos uma solução orçamentalmente sustentável e, simultaneamente, juridicamente conformada ao direito constitucional brasileiro e ao direito constitucional português, e que dê garantias de terminar com a permanente litigância por parte dos trabalhadores do Brasil contra o Estado português”, afirmou Carneiro.

Os trabalhadores dos postos consulares e da embaixada no Brasil anunciaram uma greve que deveria ocorrer entre 13 a 16 de março, pois não haviam chegado a acordo com o Governo sobre as suas reivindicações.

O STCDE anunciou, no segundo dia de greve (14 de março), que o protesto seria suspenso “por ter sido assumido pelo Governo o compromisso de solucionar” os problemas na origem da paralisação.

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