Noite Trasmontana da Casa de Brunhosinho teve cultura açoriana com trasmontana

BRUNHOSP

 

O distinto folclore das duas casas: em um sobra componentes enquanto o outro deve parar para treinar novos pares.

 

Por Odair Sene

No último sábado de julho, dia 30, a Casa de Brunhosinho de São Paulo, localizada em São Miguel Paulista, promoveu sua festa folclórica mensal “Noite Trasmontana”, quando teve apresentação do seu grupo folclórico, com apresentação da Ana Maria Batista e logo em seguida como visitante esteve o Grupo Folclórico da Casa dos Açores de São Paulo, localizado no bairro de Vila Carrão e foi apresentado no palco pelo vice presidente açoriano Antonio Arruda.
Enquanto a Casa de Brunhosinho é presidida pelo trasmontano Domingos Pantaleão, Marcelo Guerra é o presidente da Casa dos Açores, ambas as instituições trabalham com muito empenho na questão da manutenção de suas culturas, que aliás, são bem distintas.
A Casa dos Açores de SP mantém seu Grupo Folclórico, tem sua tocata, além de ainda manter seu “Coral Cantares do Basalto”. Antonio Arruda disse que a casa vive num momento de transição porque muitos de seus emigrantes envelheceram e não participam mais ativamente, o que trouxe uma certa “fragilidade” à instituição. “Hoje o que acontece é que alguns casais estão deixando de frequentar a casa, muito por conta da idade, e nós estamos procurando atrair novos casais”, disse ele numa tentativa de renovação. “Atualmente boa parte do grupo nem tem alguma relação com os Açores, são simpatizantes, mas que gostam da nossa cultura. Então vamos treinar pessoas novas para termos então uma retomada e darmos continuidade”, disse.
O grupo é composto por seis casais mais a tocata com cerca de dez integrantes. “Acabamos de gravar um CD com músicas açorianas, e o hino dos Açores, então continuamos com nossa agenda, e temos um projeto para renovar”, disse Arruda revelando que provavelmente a apresentação desta noite tenha sido a última desse grupo: “então vamos ter alguns meses para treinar novos pares, nossa idéia, evidentemente, é dar continuidade”, disse ao Mundo Lusíada o vice da casa Antonio Arruda.
Enquanto a Casa dos Açores busca reestruturar seu grupo de folclore e tenta novos componentes, na Casa de Brunhosinho parece brotar novas carinhas de gente tão pequena que mal consegue ficar de pé, porém já mostra empenho e brilho nos olhos para participar com os “veteranos” de 20, 30 anos para mais.
“Nosso folclore está muito bem, nosso intuito não é nada além de divulgar esse nosso folclore e não temos nenhuma pretensão além disso. Hoje temos um rancho grande por conta do nosso mirim, que aliás temos hoje muitas crianças ainda em férias, que ainda vão retomar os ensaios. Mas estamos bem, estamos felizes em mostrar nosso trabalho, é nosso objetivo”, disse ao Mundo Lusíada a apresentadora Ana Maria Batista.
Ana comentou que muitos desses jovens que estão dançando no rancho entraram com 4, com 5 anos, e estão aí até hoje. E vários desses meninos cresceram, começaram a namorar, trouxeram namorada, namorado, para dançar também, e assim o grupo só foi crescendo, muitos se casaram, entram filhos, entram netos, e assim o Grupo Mirim da Casa de Brunhosinho está hoje com 12 pares (24 pessoas) dançando. Se somar todos, com tocata inclusive, chega-se em 65 componentes. Isso em outra entidade poderia se tornar um problema, mas no coração de mãe da Casa de Brunhosinho, isso virou uma grande família, é uma grande festa, e motivo de muita alegria. “É lógico que nosso objetivo é que dê tudo certo, as pessoas saiam felizes, que a casa esteja sempre cheia, mas agente faz a festa do mesmo jeito, somos felizes da forma como conduzimos as coisas”, finalizou Ana Maria.
Logo_Galeria-de-ImagensA próxima “Noite Trasmontana” da Casa de Brunhosinho acontece no último sábado de agosto, dia 27. Acompanhe nossa agenda de eventos para saber das atrações e dos demais eventos da comunidade portuguesa.

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