Grupo da Casa Ilha da Madeira comemora 50 anos com quatro grupos numa grande festa madeirense

Por Odair Sene
Em 22 de outubro, a Casa Ilha da Madeira de São Paulo esteve em festa, uma grande festa com muitos convidados (mesmo com chuva), muita comida típica e, principalmente muita música folclórica.
O Grupo Folclórico Adulto da Casa, fundado em outubro de 1967, por Jaime de Nóbrega e João da Cruz, comemorou nada menos que 50 anos de vida e teve sua recheada programação com as seguintes apresentações: Grupo Infanto Juvenil da Casa Ilha da Madeira (que nesta data completava 31 anos: foi lançado justamente na festa de aniversário de 19 anos do Grupo Adulto), Rancho Folclórico da Casa de Brunhosinho, Rancho Folclórico da Casa de Portugal de Campinas, e finalmente a apresentação do aniversariante: Grupo Folclórico Adulto da Casa Ilha da Madeira.
O Arraial madeirense teve muita comida típica: Caldo verde , Espetada, Bolo do caco, Bolo de mel, bolinho de bacalhau, Doces Típicos e muito mais. E foi ainda mais animado, e emotivo, com as muitas homenagens realizadas no palco, para pessoas ligadas ao grupo, e que, de alguma forma foram importantes na trajetória desses folcloristas.
A ensaiadora Bárbara Gal, que conta com especial colaboração do diretor de folclore, e marido, Diogo de Almeida Gal, falou com o Mundo Lusíada e valorizou muito a vida associativa dos folcloristas na Casa Ilha da Madeira, que já marcou muita passagem boa como participações em vários festivais no Brasil e no exterior representando a cultura da Ilha.
Bárbara, há muitos anos dedicada ao folclore, em especial às tradições madeirenses, disse que os folcloristas da casa contam sempre com muito apoio da diretoria. A entidade, que mantém dois grupos, trabalha, antes de tudo para valorizar uma cultura muito rica, maior que a própria entidade, isso os mantém vivos e dedicados.
A ensaiadora chegou a se emocionar quando perguntamos da importância de estarem vivendo uma marca de 50 anos, uma vida, e ultrapassando barreiras e dificuldades. “É uma pergunta até difícil porque a gente vem de uma semana muito difícil, perdemos uma componente, então acho que num evento de 50 anos nós representamos o povo, a união, temos as lembranças de pessoas que já se foram, meu pai (Marco Antonio) a Dona Conceição que agora também se foi, então isso tudo traz muitas lembranças do que passamos, perspectivas do que vamos passar, muitas relações de amizades, companheirismo, comemorarmos 50 anos (cinco décadas) marca muita coisa, porque a gente faz isso com amor, porque a gente gosta, que é a música da Ilha da Madeira, com toda a sua diferença da música do Minho”, disse ela emocionada por estar vivendo um dia muito especial junto ao grupo que ensaia.
“Realmente isso pra gente é muito importante. Passamos muitas coisas ao longo desse tempo, e estamos hoje fazendo uma grande festa e comemorando uma marca de 50 anos, que é muito importante para a história do nosso grupo”, disse comentando que não é fácil mas é prazeroso viver a dedicação e ver dos componentes a dedicação e o amor que existe em prol da tradição deixada, ou trazida pelos antepassados. “Isso nos motiva muito e assim acabamos até superando as dificuldades do dia-a-dia”.
A tarde foi toda recheada de músicas do folclore português com as apresentações dos quatro grupos presentes e, mais ainda pelas homenagens para pessoas ligadas ao grupo. No palco esteve no comando o Martinho e de certa forma ali sempre o Jaiminho também, que até leu um texto em homenagem ao fundador João da Cruz.
Bárbara Gal ainda disse que a ideia inicial para o planejamento do evento era mesmo um mini-festival de folclore. “Na verdade a gente não anunciou como ‘festival’ para não titular o evento como um festival, mas o trajeto e o projeto, realmente é de um festival, em trazer os ranchos, ter um almoço coletivo, essa convivência, isso é um festival”, disse.

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