Concluída contagem de votos de emigrantes portugueses com abstenção de 95%

Da Redação
Com agencias

MarceloRebelo_PresidenteA contagem de votos dos emigrantes portugueses nas eleições presidenciais foi concluída com os dados dos consulados de Londres e Caracas: no total, dos 301.775 inscritos, votaram 13.566, o que corresponde a uma abstenção de 95,5%.

Segundo a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, a demora no escrutínio dos votos deveu-se a uma questão de logística, relacionada com a legislação que prevê que “em todas as assembleias onde há menos de cem eleitores, os votos não podem ser contabilizados no próprio local”.

“Os votos têm de ser concentrados na secção mais próxima do Consulado e só depois disso é que o próprio Consulado também abre as urnas”, explicou à Lusa a mesma fonte.

Ao todo, votaram, portanto, apenas 4,5% dos emigrantes inscritos: dos 1.386 emigrantes registrados no consulado de Londres, votaram 291, ou seja, 21%, e em Caracas, de um universo de 9.254 inscritos, votaram 148, o que equivale a 2%.

Outro atraso no apuramento dos resultados eleitorais ocorreu também em Washington e Newark, onde a votação foi adiada devido a fortes nevões e se realizou só no passado fim de semana.

Apesar de oficialmente confirmado o fim da contabilização dos votos das eleições presidenciais, a página na Internet do Ministério da Administração Interna não tem ainda a informação atualizada, indicando que falta ainda contar os votos de dois dos 73 consulados.

Entre os 13 mil emigrantes inscritos nos Consulados, 57% votaram em Marcelo Rebelo, 19% em Sampaio da Nóvoa, mais de 8% votaram em Marisa Matias, 4,5% em Maria de Belém, 4% em Edgar Silva e 3,2% em Paulo de Morais.

No Brasil, participaram dessas presidenciais portuguesas apenas 2.570 eleitores, 2,3% dos 113 mil emigrantes lusos inscritos no país, sendo novamente Marcelo Rebelo de Sousa o que obteve mais votos, 67%, seguido por Sampaio da Nóvoa, com 12,3%, nos resultados até agora divulgados.

Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito em 24 de janeiro Presidente da República com 52% dos votos em território nacional, uma porcentagem acima dos 50,5% conseguidos pelo seu antecessor, Cavaco Silva, na primeira eleição, em 2006.

O ex-líder do PSD e comentador político tornou-se o quinto Presidente da República portuguesa desde o 25 de Abril de 1974, numas eleições em que se registou uma abstenção de 51%.

De acordo com os dados do Ministério de Administração Interna, Marcelo obteve 52%, seguindo-se Sampaio da Nóvoa (22,89%), independente apoiado por personalidades do PS, Marisa Matias (10,13%), apoiada pelo BE, Maria de Belém (4,24%), militante do PS, Edgar Silva (3,95%), apoiado pelo PCP, Vitorino Silva (3,28%), Paulo de Morais (2,15%), Henrique Neto (0,84%), Jorge Sequeira (0,3%) e Cândido Ferreira (0,23%).

Dado gerais

De acordo com Apuramento Geral da Eleição do Presidente da República, divulgada no ‘site’ do TC, estavam inscritos para votar nas eleições presidenciais 9.751.398 eleitores.

Marcelo Rebelo de Sousa obteve 2.413.956 votos, enquanto António Sampaio da Nóvoa conseguiu 1.062.138 votos. A candidata do Bloco de Esquerda (BE), Marisa Isabel dos Santos Matias, conseguiu 469.814.

Vitorino Silva (Tino de Rãs) conseguiu 152.374 votos enquanto Maria de Belém Roseira obteve 196.765 votos. Já Henrique Neto conseguiu 39.163 votos, Cândido Ferreira 10.609 votos e Edgar Silva 183.051 votos. Paulo Morais obteve 100.191, enquanto Jorge Sequeira conseguiu 13.954 votos.

De acordo com o TC, foram ainda apurados 58.964 votos em branco e 43.588 votos nulos. Antigo líder do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa tomará posse como Presidente da República a 09 de março.

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