Casa dos Açores segue promovendo a integração da comunidade açoriana no Rio

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Por Igor Lopes
A Casa dos Açores é uma das entidades portuguesas mais emblemáticas no Rio de Janeiro. A sua sede, cujo destaque vai para a imponência e estrutura, está localizada no bairro da Tijuca, Zona Norte carioca, onde dezenas de membros da comunidade açoriana se encontram para celebrar a cultura das nove ilhas. Dentre as principais atividades desenvolvidas pela Casa estão as apresentações do Grupo Folclórico Padre Tomáz Borba, que fortalece o contato entre os açorianos no Rio e a sua terra natal. Em Julho, a Casa dos Açores do Rio celebrou 64 anos de fundação. Para os seus responsáveis, agora, o momento é de continuação dos trabalhos. O Mundo Lusíada conversou com exclusividade com a diretoria da Casa dos Açores, que falou sobre a história da entidade e frisou a importância das suas principais atividades.
Mundo Lusíada – ML: Como avalia a participação dos açorianos nas atividades desenvolvidas pela entidade?
Diretoria da Casa dos Açores – DCA: A Casa dos Açores do Rio de Janeiro está completando neste mês de julho 64 anos de existência. E nesta longa história de vida, a Casa sempre foi contemplada com a presença de seus emigrantes açorianos e de suas famílias, que ajudaram a fundar esta nossa instituição e a manter, por essas longas datas, nossa cultura e nossas tradições. A participação dos açorianos sempre foi, é e sempre será fundamental para darmos esta continuidade, para que possamos sempre passar de geração em geração, mantendo sempre viva a nossa Casa dos Açores.
ML: Existem informações sobre o número de açorianos residentes no Rio?
DCA: A imigração de açorianos para o Brasil, principalmente para a cidade do Rio de Janeiro, foi muito forte no início dos anos 1920 até a década de 1940. Depois, houve uma continuidade nos anos 1950, 1960 e 1970, onde os açorianos imigrados se estabeleciam em nossa cidade, em busca de uma vida melhor ou até mesmo fugindo das guerras militares. Uma fonte muito rica de informações é o livro “Açorianos no Rio de Janeiro”, escrito pela nossa amiga historiadora e antiga diretora da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, Judite Toste Evangelho, que fez um belíssimo trabalho com um rico levantamento histórico dos açorianos em nossa cidade entre os anos de 1860 e 2000.
ML: Qual é o trabalho desenvolvido pela Casa dos Açores no Rio e que propostas a entidade tem para os açorianos?
DCA: A Casa dos Açores procura sempre realizar encontros e eventos sociais que possam receber os açorianos e suas famílias. Hoje, temos dentro do nosso calendário anual de programação social eventos como o Encontro Cultural Açoriano, que a cada ano aborda um tema específico ligado ao arquipélago açoriano. Neste ano, vamos para a 11ª edição deste Encontro Cultural. Outros eventos importantes realizados pela Casa dos Açores são as festas religiosas, como as Festas em Louvor ao Divino Espírito Santo, ao Senhor Santo Cristo dos Milagres e a Nossa Senhora dos Milagres. São festas tradicionais que acontecem nos Açores, onde todos os anos fazemos esses cultos perpetuando a religiosidade de nossa terra. E temos outros eventos que assim realizamos mensalmente em nossa sede social, com o intuito de manter vivas as tradições um dia trazidas por nossos antepassados, e assim perpetuar para os nossos filhos, netos, em um ambiente familiar açoriano.
ML: Como é a relação da Casa com os responsáveis pelo governo regional açoriano?
DCA: A Casa dos Açores do Rio de Janeiro e toda a sua comunidade, bem como as demais 12 Casas dos Açores espalhadas pelo mundo, tem um ótimo relacionamento com o Governo Açoriano, que, por meio da Direção Regional das Comunidades, um exemplo de secretaria de Estado, atende e dá total apoio institucional, cultural e esportivo para todas as “Embaixadas Açorianas”, como são carinhosamente reconhecidas as Casas dos Açores pela própria Direção Regional.
ML: Por fim, fale um pouco sobre a realização da “Taça da Autonomia”, que teve a equipe da Casa dos Açores como campeã…
DCA: O torneio de futsal “Taça da Autonomia 2016” foi idealizado no intuito de comemorar os 40 anos da Autonomia Constitucional do Arquipélago dos Açores e teve por finalidade a congregação, socialização e promoção da qualidade de vida para os açorianos e açor-descendentes residentes na América do Sul, com representantes das Casas dos Açores dos estados brasileiros do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e do país vizinho, Uruguai. O torneio foi aberto à nossa comunidade, bem como ao público em geral. Foi disputado no ginásio Comendador João Soares de Medeiros, na sede da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, nos últimos dias 25 e 26 de junho. O evento foi realizado e administrado por uma Comissão nomeada pela Diretoria de Esportes e Lazer da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, com apoio da Diretoria Administrativa da Casa. O evento também contou com total apoio do governo açoriano, justamente através do Diretor Paulo Teves, da Direção Regional das Comunidades, que esteve presente. As equipes foram formadas por açorianos, açor-descendentes, componentes dos Grupos Folclóricos e Diretores e Sócios das comunidades das Casas dos Açores participantes. No domingo, dia 26 de junho, após a realização da Grande Final, na parte da manhã, houve a entrega e premiação das equipes. Logo após, aconteceu um almoço de convívio social, para confraternização geral entre atletas, organizadores e toda a nossa comunidade.

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