Arouca Barra Clube celebra 44 anos cheio de pretensões e de olho no futuro

Por Ígor Lopes

Para Mundo Lusíada

Após quatro décadas depois da sua fundação, o Arouca, um dos clubes mais influentes no cenário da comunidade portuguesa no Rio de Janeiro, vive hoje a expectativa do futuro. Nas palavras do presidente do clube, Marcelo Brandão, agora é tempo de “resgatar a harmonia, a união e a convivência entre os associados” e também transformar o clube em um ambiente “moderno com a participação dos jovens”. A preocupação é o “trabalho social e o esporte, nunca esquecendo as tradições portuguesas, mas também abrindo espaço para a integração cada vez maior das tradições e costumes brasileiros”.

Em dia de festa, o Arouca comemorou 44 anos de vida e de muita atividade no dia 10 de junho. A data da sua fundação é de 1967. Hoje, a sede desta instituição, Arouca Barra Clube, é um espaço imponente no bairro da Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro.

Celebração em dose dupla

O aniversário do clube foi comemorado em duas fases. Dia 17 de junho, houve uma sessão solene no salão nobre do clube. A mesa de honra foi presidida pelo embaixador Antonio de Almeida Lima. A vereadora Teresa Bergher foi a oradora oficial do evento, que contou também com a presença do vereador Tuninho Aires, representando o prefeito carioca Eduardo Pais.

Outras casas regionais e instituições foram representadas pelos seus presidentes, entre eles o do Arouca São Paulo Clube, Artur Andrade. Após a sessão foi servido um coquetel no restaurante do clube.

Já no dia 19 de junho, houve uma missa na capela do próprio recinto e um almoço de aniversário no salão nobre, com a presença de autoridades e associados. Foi apresentada também a nova diretoria. Um show da Banda Caribe e a apresentação dos Ranchos Folclóricos do Arouca São Paulo Clube e do Arouca Barra Clube deram um tom animado à festa.

Durante a solenidade, Marcelo Brandão lembrou das parcerias estabelecidas com as escolas municipais do entorno do clube, com a SUDERJ e com a Associação de Síndrome de Down, que teriam servido de “alicerce para o desenvolvimento dentro de nossas instalações de um leque sem fim de atividades”. Este responsável sublinhou que não é possível saber exatamente “o que o futuro nos reserva, mas temos o sentimento de que algo grandioso e solidário está se consolidando em nosso clube”. Um dos sonhos é a participação na paraolimpiada.

“Faremos de tudo para que nosso objetivo paraolímpico deixe de ser apenas um sonho e se transforme numa vitoriosa realidade”, enfatizou Marcelo Brandão.

Mega estrutura com charme luso-brasileiro

A estrutura do clube é imponente. O local conta com uma área de aproximadamente cinco mil metros quadrados. Tem um salão nobre com capacidade para 800 pessoas, salão de restaurante com 250 lugares, adega climatizada, salão de jogos, biblioteca, sala de reuniões, sala da comissão feminina, sala de troféus, secretaria, alojamento para 50 pessoas, sauna seca e a vapor, três piscinas, sendo uma semi-olímpica, ginásio, capela, campo de futebol e estacionamento para 300 carros.

“Atualmente praticamos futebol, natação para cadeirantes, power soccer, bocha e futebol para portadores de paralisia cerebral. Temos também um grupo de dança cigana de portadores de síndrome de down. Brevemente estaremos iniciando o handball e o karatê em parceria com a Vila Olímpica de Jacarepaguá, a escolinha de futebol e o rugby em parceria com o CR Vasco da Gama, escolinha de mergulho e aulas de dança de salão”, enumera Marcelo Brandão.

O clube é palco de toda as festas estatutárias da casa, comemorações de datas como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, festas de Aniversariantes do Mês, Festa da Castanha, Festa das Cerejas, Queijos e Vinhos, Noite de Fados, Festa Junina, Sanfonada, Baile Pré-Carnavalesco, Festivais de Chopp e Galeto com variados temas. O clube conta com um rancho folclórico que atualmente possui 45 componentes. Para breve está agendada a apresentação do rancho mirim.

Sem apoio e com sucesso

Um das preocupações da maioria das casas portuguesas é a questão financeira. Mas no Arouca, apesar da tendência, o clima parece ser de otimismo.

“Financeiramente podemos dizer que o clube sobrevive sem folgas. Temos nossos compromissos em dia, não só a fornecedores, como também questões trabalhistas. Conseguimos ainda fazer algumas reformas e investimentos nas instalações do clube. Não recebemos nenhum tipo de apoio ou patrocínio governamental, nossas receitas são todas geradas internamente, com nossas festas, aluguel dos salões, restaurante, cotas dos associados e receitas esportivas”, conta Marcelo Brandão.

“Orgulho e satisfação” do presidente

Hoje, parte do destino do Arouca Barra Clube está nas mãos de Marcelo Brandão, que assumiu a presidência da instituição em 2009. Seu pai e seus tios foram fundadores do clube. Um deles, Afonso Brandão, também já foi presidente.

Marcelo tem hoje 40 anos, é formado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em Portugal, e em Gestão Imobiliária pela Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro. É ainda diretor do Clube de Regatas Vasco da Gama e diretor do Sindicato da Indústria de Panificação do Rio de Janeiro.

Trabalha com panificação, construção civil e corretagem imobiliária. Dedica grande parte do seu tempo à atuação junto à comunidade luso-brasileira, o que lhe dá “muito orgulho e satisfação”.

Em parte do seu discurso durante o aniversário do clube, Marcelo Brandão exaltou a sua preocupação com o bem estar dos associados e com o futuro do clube. Marcelo diz não mais acreditar na possível “falência” ou desaparecimento da comunidade portuguesa.

“Desde bem pequeno frequento o Arouca, porém apenas há alguns anos comecei a atuar de forma mais ativa nos destinos do clube. Confesso que no começo da minha gestão como presidente desta agremiação luso-brasileira, também me deixei contaminar pela falsa idéia de que nossa comunidade estava moribunda. Eram bem verdadeiros os argumentos. O envelhecimento da colônia, a diminuição na imigração e o número reduzido de jovens no nosso dia a dia sinalizavam esta tendência. Ora pois, hoje digo com convicção, isto não é verdade”, afirma Marcelo Brandão.

4 Comments

  1. sou socio dependente do arouca barra clube e meu pai e um dos socios fundadores e tenho muito orgulho de fezer parte deste grupo tenho muito orgulho de ser jacobino (filho de portugues) espero numa proxima oportunidade ir ate o nosso clube preferido; nao desmerecendo os muitos clubes portugueses que aqui existem. Tenham todos uma boa tarde e fiquem com Deus

  2. Acho feio o presidnete fazer campamha política dzendo que ele fez coisas (projetos sociais) que na verdade foram feitas pelo Clube Arouca. Ele é apenas o presidente atual.

  3. Gostaria de oferecer um almoço para + ou – 50 pessoas peço que ligue ppara mim hoje por gentileza.

    Tes-99955-4776(vivo) ou 3117-1004

    Att,

    Elenir lemos

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