Almoço mensal reúne novos componentes do Rancho PHM em São Paulo

Ao Mundo Lusíada, presidente do rancho Justiniano Macedo fala sobre críticas.

PHM (12)

Por Vanessa Sene

O Rancho Folclórico Pedro Homem de Mello reuniu um bom público para o seu almoço mensal de 27 de julho. Apesar do tempo fechado o público compareceu, cerca de 200 pessoas estiveram presentes. Dançando canções do Alto Minho, o grupo se apresentou nesta tarde depois de servido o famoso Cozido a Portuguesa, um prato típico que leva batatas, repolho cozido, enchidos, carne de porco, além de outros acompanhamentos preparados pelo departamento feminino do rancho, como o famoso Arroz de Braga.
E numa boa fase, o grupo conta com novos componentes participantes, além de uma tocata completa, conforme explica o presidente Justiniano Macedo. “Quando falamos em tocata completa é termos a maior quantidade de instrumentos possíveis. Hoje temos o tocador de concertina que sempre tivemos, e tocador de cavaquinho, violão e viola braguesa, o que é muito difícil. E nos orgulhamos disso”.
Segundo a apresentadora Maria Isabel Botelho, o grupo se apresentou com cerca de 50 pessoas. E o rancho continua com agenda cheia de apresentações para os próximos meses.
Uma preocupação de todos os grupos folclóricos hoje passa por conseguir manter os seus componentes e sempre trazer novos participantes. Apesar de fases difíceis, em que o grupo contou apenas com “amigos de verdade”, Justiniano fala do bom momento de ver novos integrantes. “Hoje está se desenvolvendo muito bem, é ótimo ver pessoas novas com novas responsabilidades e funções, e se orgulhando de ser do PHM. Assim como qualquer componente de grupo folclórico se orgulha do seu rancho. E como tem gente que não achou a camisa dentro do PHM tenho certeza que achou a camisa em outro rancho”.

Críticas

Justiniano afirmou que uma pessoa que fica no comando muito tempo deixa o grupo dependente. Ele pretende sempre auxiliar mas não permanecer na presidência do rancho, e apesar de outras pessoas já terem insinuado sobre o fim do grupo, ele critica.
“Eu nunca procurei ser presidente de nada, mas as pessoas me empurravam e eu achava que iria conduzir e dar uma boa conduta ao que me propunha a fazer, e assim cheguei a presidência do PHM. E foram 14 anos, já passei da minha vida de presidente, porque ninguém pode ser eterno. Novas ideias tem que vir e outras pessoas, e aquilo que puder ajudar eu estarei por trás. Mas que ninguém imagine que vou me ausentar. Sei que existem por fora vontades ocultas de acabar com o Rancho Folclórico Pedro Homem de Mello mas não vão conseguir. Já não deveriam ter começado no rancho, mas não vão acabar” diz.
“Muita gente me pichou dentro do rancho porque eu estava me ausentando, mas sei que o rancho tem que ter uma caminhada. A minha função dentro do PHM tem que ser outra, e não ficar conduzindo a toda hora. Cada um tem que fazer a sua função, seja componente, diretor, ensaiador”.
Segundo ele, as pessoas para a liderança sempre aparecem diante do trabalho, é um “garimpo” afirmou. E garantiu que agora o grupo está coeso como nunca. “Existem umas farpas é natural, é o ser humano. Mas nunca vi o rancho tão unido como agora”.

Laboratório

O grupo faz questão de apresentar canções correspondentes aos trajes que estão vestidos. “Nós estamos respeitando as origens do folclore português. Eu vejo muita gente dizer que tal rancho representa o Minho, mas é o Minho litoral, Alto Minho, Baixo Minho, Minho Interior? Está faltando um laboratório para falar destas coisas, por que se usa faixa ou a camisa tem um bordado azul”.
Logo_Galeria-de-ImagensPara ele, a diretoria dos ranchos nem sempre tem acesso fácil à informações a respeito. “Existe uma carência para nós que estamos fora de Portugal de ter uma informação. Isso não é culpa dos ranchos porque nem todos tem facilidade de ter conhecimento” declara.

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