34 anos de folclore marcado por posse de nova diretoria na Casa dos Açores SP

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Por Vanessa Sene

A festa de encerramento de 2015 da Casa dos Açores de São Paulo aconteceu no último dia 06 de dezembro, e além de um caprichado almoço de aniversário do seu Grupo Folclórico, tomou posse durante o evento a nova diretoria da casa gestão 2015/2018.
No último ano, uma mudança de estatuto permitiu uma atualização dos cargos no conselho, agora com um mandato de quatro anos, e na diretoria que agora conta com três anos de mandato.
Ao Mundo Lusíada, o presidente reeleito pela quarta vez falou sobre a nova composição no comando da casa. “A presidência, vice e alguns diretores permanecem, mas vimos a necessidade de evolução em decorrência da própria situação econômica no país, a situação das casas luso-brasileiras que sentem dificuldade de sobrevivência financeira. E pensamos em criar algumas diretorias para suprir estes desafios que temos hoje em dia”.
Segundo Marcelo Guerra, uma das novas pastas criadas pela Casa dos Açores é de Finanças Estratégicas e Novos Negócios, já que a diretoria Financeira trabalha mais na execução, e essa recém criada diretoria tem como desafio prever novos negócios para receita da casa, e também estabelecer estratégias de planejamento financeiro. Além dela, a diretoria de Relações Institucionais, que na prática já era executada por alguns membros, agora está sendo oficializa para acompanhar as visitas governamentais e delegações.
Uma das mais novas apostas da casa também passa pela diretoria de Mídias Sociais e E-commerce, e a ideia principal é vender produtos típicos pela internet. “Nós temos alguns produtos dos Açores que temos dificuldade de divulgar, então identificamos isso e convidamos algumas pessoas para participar, além da diretoria teremos diretores adjuntos que vão nos ajudar a fazer o desenvolvimento dessa estratégia”.
Segundo o presidente, a ideia é fazer venda de produtos através da mídia eletrônica, incluindo tecidos, lembrancinhas, camisetas que vem dos Açores e também que são confeccionados pela própria comunidade. “Estão aqui parados dentro de caixas e não vende porque não se divulga. Agora a ideia é divulgar e fazer também uma receita pela mídia eletrônica”.

Embaixada dos Açores
Segundo o presidente, nestes últimos anos à frente da entidade a evolução foi grande. “A Casa dos Açores de São Paulo vem se destacando cada vez mais na comunidade luso-brasileira, e também junto a comunidade local, e ao governo dos Açores. Esse ano recebemos vários representantes dos Açores em São Paulo, o que significa a importância que o governo dos Açores dá para a casa, e a importância da Casa para o governo também”.
Marcelo Guerra lembrou que na última visita, representantes do governo confirmaram que veem a entidade como Embaixada dos Açores em São Paulo. “Isso nos deixa muito satisfeitos, não deixa de ser um reconhecimento ao trabalho que vemos fazendo ao longo dos anos. E o governo constata isso, vê a Casa dos Açores como um órgão quase governamental, de representação do governo, na maior cidade de América Latina”.
Apesar de crescer em reconhecimento, os desafios são constantes para a entidade na parte financeira e de gestão, segundo o presidente as receitas deste ano não foram tão boas quanto no ano passado. “2016 será um ano tão difícil ou mais que 2015, por isso que criamos algumas diretorias para criar alternativas de receitas, já percebendo que será um ano difícil”. A casa segue sem dívidas, com um dinheiro aplicado, sempre planejando sua receita futura.

Aniversariante
Comemorando 34 anos de fundação, o grupo folclórico foi muito aplaudido nesta tarde durante apresentação e homenagens que seguiram no palco.
“É muito importante a participação do grupo na divulgação dos Açores, como órgão representativo, estamos cada vez mais dando importância ao grupo como instituição dentro da casa, como a ideia de ter um diretor de folclore que é autônomo apesar de ser vinculado a casa, estamos mostrando essa importância porque eles tem um trabalho de divulgação, projetos próprios e arrecadação e a casa apoia dentro das possibilidades” diz Guerra.
Uma das homenageadas foi a ensaiadora do grupo, Glauce Paes, que se emocionou com a surpresa. “Foi tudo surpresa até meu marido me enganou. Foi maravilhoso, é um reconhecimento do trabalho” diz ela que está no grupo desde a antiga formação, e acompanhou esses 34 anos da nova formação do grupo.
Atualmente, são cerca de 40 componentes levando a cultura açoriana para vários estados do Brasil. Eles que acabaram de retornar do Rio de Janeiro, seguem em fevereiro para Santa Catarina, fora as apresentações nas casas portuguesas de São Paulo. “Nós abrimos mão da vida pessoal, mas no final é uma delícia, a recompensa é muito boa”.
Durante o evento, eles promoveram uma rifa com sorteio de uma cesta com produtos e bordados para ajudar na gravação do novo CD do grupo que sai no ano que vem. As gravações já estão adiantadas e este primeiro trabalho deve sair por volta de fevereiro, com músicas açorianas e também do Coral Cantares do Basalto com a participação dos próprios componentes.

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