Sancho Brandão, o verdadeiro descobridor do Brasil

Portugal é a referência após séculos de uma “Era das Navegações”, na qual, como todos nós sabemos, implementou as fantásticas terras descobertas e criando novos mundos, mas, tudo isso teve um início que por circunstâncias ficaram escondidas e só após séculos e tudo documentado, guardados na “Torre do Tombo” em Lisboa e em museus históricos, é que veio à tona e tudo foi resultado das animosidades entre Portugal e Espanha.
Por volta do ano de 1300 da nossa Era, grande número de navegadores avançavam no Oceano Atlântico, eles iam às terras da África em busca de madeiras, frutas, diamantes, ouro e outras especiarias. Nesses barcos cheios de apetrechos voltavam para Portugal e parte do material era do REI. Com isso nessa busca enorme, muitas vezes conseguiam descobrir ilhas, como no caso do navegador “Zarco” que descobriu a Ilha da Madeira.
Como a humanidade achava que o planeta Terra era uma terra plana, todos esses navegantes não ultrapassavam o Cabo das Tormentas, hoje conhecido como “Cabo da Boa Esperança”, o qual ficava no sul da África e a razão desse receio era que após o cabo as águas caiam no abismo e assim sendo ninguém se aventurava a ir adiante.
Um desses navegadores de nome SANCHO BRANDÃO, do mesmo jeito, chegou perto do Cabo das Tormentas, onde ali, em razão das grandes tempestades o seu barco foi levado adiante e ultrapassou o Cabo das Tormentas, e como se viu em mar aberto continuou a sua navegação, mesmo porque ele era um ‘cartógrafo’ e conhecedor dos mares, seguiu em frente e chegou às costas do futuro Brasil, percorreu toda a costa, desde o Pará até o Rio da Prata e levou para Portugal um mapa desse achado.
O Rei de Portugal, como era hábito naquele tempo, dar conhecimento a descobertas e enviar para Roma, uma vez que quem aprovava os mapas era o Papa, mas, devido à desentendimentos com a Espanha, receoso que isso desse a eles também um avanço nos mares, resolveu guardar toda a documentação na “Torre do Tombo” em Lisboa, que era o local da guarda das documentações dos navegantes que eram obrigados a descrever as suas viagens e enfim tudo que aconteceu nessas viagens.
Assim sendo, o segredo ficou por 2 séculos até que aconteceu também com outro navegador, que ultrapassou o cabo e chegou em Madagascar, e percebeu então que a Terra não era plana e sim redonda, levou isso ao conhecimento dos Reis de Portugal e a notícia espalhou-e na Europa. Dali em diante a Terra ficou “Redonda” e como outro navegador português de nome “Colombo”, que era nascido em “Cuba” no Algarve, teve a ideia de levar aos Reis de Portugal um plano descobrir de novas terras, navegando em sentido contrário, no entanto, os Reis de Portugal não aceitaram também, porque sabiam das terras descobertas no ano de 1300 por Sancho Brandão. Colombo ficou “brabo” e foi até a Espanha oferecer a viagem pedindo 3 barcos, o que lhe foi negado pelo Rei Fernando, mas a Rainha Isabel lhe concedeu 3 navios: Santa Maria, Pinta e Nina. Como todas as viagens tinham patrocinadores que pagavam os marinheiros em troca de mercadorias trazidas, os “genoveses” eram patrocinadores de viagens e aceitaram a sua viagem e Colombo com raiva de Portugal conformou-se em dizer que era “genovês”.
Fez a viagem em sentido contrário e chegou às futuras “Américas” em 1492, descobrindo a Ilha de “Guanany” no Caribe, que hoje é o Haiti, e na outra ilha pegado deu o nome de “Cuba” em homenagem à sua terra no Algarve. Com a notícia na Europa das descobertas de Colombo, o Rei de Portugal enviou um navegador que era timoneiro de Vasco da Gama, descobridor das Índias, e de nome Duarte Pacheco Pereira, o qual visitou as terras do futuro Brasil e informou que não havia ninguém por aqui. Então Portugal, em 1500, armou a frota com 13 navios e 1500 homens e vieram tomar posse das terras descobertas em 1300 por Sancho Brandão, chegando ficaram 7 dias e foram embora para a Ásia, voltando para Portugal e dando o nome de Ilha de Vera Cruz às terras, que depois tomou o nome de Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil.
Portanto, a verdadeira descoberta do BRASIL deve-se ao eminente SANCHO BRANDÃO, um navegador português, de Cuba no Algarve, a suprema glória da descoberta das terras do futuro BRASIL. No entanto, temos que louvar a Pedro Álvares Cabral, também um grande timoneiro, que veio tomar posse das terras brasileiras, e que, se a história se escreve com nomes de heróis, o BRASIL e PORTUGAL tiveram 2 heróis: SANCHO BRANDÃO e PEDRO ÁLVARES CABRAL.

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

5 Comments

  1. Nossa história está muito mal contada, porque a grande maioria dos historiadores seguem e defendem Francisco Varnhagem que a pedido de Pedro II escreveu um livro conveniente ao Império, recebendo depois o título de Visconde de Porto Seguro (waar…hagen). Não temos nem certeza da autenticidade da Carta de Caminha, Carta do Mestre João e da Relação do Piloto Anônimo, se são cópias ou se foram adulteradas. Sabemos apenas que foi Varnhagen que “achou” a Carta de Mestre João na Torre do Tombo.

  2. Espera, como é isso ? Ultrapassou o Cabo das Tormentas, seguiu em frente e chegou ao Brasil ??

    Cara, você já alguma vez viu um mapa do mundo ? Dá a ideia que não viu… Ultrapassando o Cabo das Tormentas vindo da Europa só ia descobrir a Austrália, se falhasse, a Nova Zelândia, o Chile ou o Perú… É melhor não escrever besteira, pode ser ?

  3. Cuba é no Alentejo, não no Algarve. Quanto à descoberta o segredo faz parte do jogo. Alguns investigadores defendem a origem portuguesa de Colombo, um em particular coloca o seu nascimento em Colos, uma vila alentejana, e daí viria o nome Colón (em castelhano). Padrão curioso é vários reputados navegadores portugueses serem naturais do Alentejo e com raízes sefarditas. Colombo seria mais um. Na época essas raízes não seriam propriamente motivo para se publicitar pelo reino, nem sequer do interesse dos próprios. O segredo faz parte do jogo. Descobrir que a Terra é redonda não seria politicamente correcto de anunciar ao Vaticano…

  4. O que vale é ser Lusitano, amar Portugal, suas tradiçoes e até suas lendas, verdade seja dito, que também viajamos sem barco, só nos sonhos, se a geografia, e os nomes são imprecisos, o importante é Portugal, todos nos temos um dia de Camões. Viva Portugal, e Viva nossa Comunidade.

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