Guerra Junqueiro: Uma glória portuguesa da poesia e escrita

Um dos mais gloriosos poetas lusitanos, nascido em 1850 em “Freixo de Espada à Cinta”, uma aldeia de Trás-os-Montes, trouxe para o nosso querido e imorredouro Portugal uma das maiores glórias da poesia e da literatura portuguesa, reconhecidamente em todas partes do mundo, com suas fantásticas obras poéticas, com a perfeição no verso, na estrofe, no poema, no soneto, na poesia e na escrita.
Ele foi na realidade um pensador e expunha nas suas criações, tanto poéticas como na escrita, todo o sabor fantástico de sua “verve” literária, com imensos momentos de candura, emoção, carinho, amor e especialmente nos mostrando o caminho da beleza poética em versos e estrofes que invadem a nossa alma carente e de uma imorredoura beleza espiritual.
Guerra Junqueiro escreveu muitos livros até sua morte no ano de 1923, todos eles de fantásticas palavras emocionantes, que os leitores muitas vezes tornam o seu saber como sabedoria à tornar as suas vidas uma mostra das suas escritas salomônicas. Poderemos citar os principais livros desse grande mestre, os quais no leitor calam profundamente em suas almas.
Como possuo inúmeros livros do mestre Junqueiro, cito principalmente os que mais calaram no meu íntimo, que são VIBRAÇÕES LÍRICAS E A MUSA EM FÉRIAS, obras fantásticas que só podemos medir a sua grandeza nas profundezas de suas leituras. Além desses dois fantásticos livros, citamos, OS SIMPLES, HORAS DE COMBATE, A MORTE DE D.JOÃO, FINIS PATRIE, PÁTRIA e bem como, o polêmico livro “A VELHICE DO PADRE ETERNO”, todos eles de uma sabedoria fantástica, que bem demonstram a beleza literária do sempre querido e eterno Portugal.
Todos esses livros são editados pela Livraria Lelo & Irmão Editores, na cidade do Porto, e evidentemente à disposição de livrarias no nosso BRASIL, e como não podia deixar de ser em toda parte do nosso querido Portugal. Para termos uma idéia, evidentemente superficial porque não seria possível fazer uma análise completa de cada livro dele, mas, ter uma breve idéia.
VIBRAÇÕES LÍRICAS – As poesias maravilhosas inseridas nesse livro como: O Século (Batismo de Amor), Oração ao Pão, Oração à Luz, O Caminho do Céu, Prometeu Libertado, são poesias de um fantástico saber e sabor, como até podemos citar alguma: “Na Oração à Luz” ele poetou num determinado trecho o seguinte: Tu revives, ó luz, mais santa-N’alma da planta. Alma já feita de infinitas almas. Vida gerada de infinitas vidas. Mas presas todas, palpitando únicas- numa só alma! E a seguir: Almas que existem, para a mesma ânsia. Que a mesma ardente aspiração eleva. Sonhando, amando, ouvindo-se a distância. Folha livre ao azul, raiz muda na treva…
Em “MUSA EM FÉRIAS” escreveu “Da nossa mocidade – a cotovia d’ouro – Que nasceu e morreu numa manhã de d’Abril – Desprender, desfolhar estas canções, tão simples, tão banais – Mas onde existe ainda um pálido reflexo – Do tempo que passou, e que não volta mais”. Todos os livros são de uma inquestionável beleza, que Deus premiou a cultura portuguesa com esse poeta sábio.
No livro “A VELHICE DO PADRE ETERNO”, encontramos poesias das mais lindas, como: “Aos Simples”, “A Caridade e a Justiça”, “O Melro” e outras belezas, e consta-se que em razão desse livro e de outro livro, “FUNERAIS DA SANTA SÉ”, o Papa da época o excomungou, antes de sua morte consta também que foi anulada essa sentença, por um possível arrependimento do poeta.
Outros livros maravilhosos foram escritos por Guerra Junqueiro como: POESIAS DISPERSAS, CONTOS PARA A INFÂNCIA, PROSAS DISPERSAS e ROMANTISMO, todos eles eivados de uma beleza incomensurável, própria da sua inegável inteligência e hoje em dia como mostra da verdadeira poesia clássica e estudo para novos poetas, em Guerra Junqueiro, os seus livros são intensamente procurados em todas livrarias de Portugal, Brasil e países de Língua portuguesa, inclusive, versões em outras línguas.
Portanto, nós portugueses, lusos-descendentes e brasileiros que fomos premiados duas vezes, por falar a mais linda língua do mundo e com as obras do magistral mestre da poesia e da escrita GUERRA JUNQUEIRO, pois sabemos da glória eterna desse mestre, para orgulho e paixão do nosso querido e eterno PORTUGAL.

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

2 Comments

  1. Nós nascemos num país de Poetas e Marinheiros, muitos deles nortenhos como eu, e por isso me sinto triste e às vezes até envergonhado ao aperceber-me da forma como é tratada a memória desses homens e mulheres que tanto enriqueceram a nossa cultura. Guerra Junqueiro tem a sua Casa Museu – ainda bem – mas outros estão completamente esquecidos. Por exemplo António Nobre tem a sua casa na Avenida Brasil, na Foz do Douro, completamente abandonada, até a placa que a identificava com tendo a casa onde viveu e morreu o poeta foi arrancada da fachada, a Fundação Eugénio de Andrade faliu por falta de apoios da Autarquia e do Governo. Mas é o país que temos…

  2. Guerra Junqueiro não era deste mundo. Que poesia! Que sofisticação! que lirismo! Graças a Deus que se manifestou na rica e bela língua portuguesa.

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