Florbela Espanca – a eterna Poeta/Poetisa do Portugal eterno

Por Adriano Augusto da Costa Filho
Tudo já foi dito, escrito, explanado pelos memoráveis escritores, poetas e mestres da Língua Portuguesa no mundo Lusitano, centenas de livros, artigos e toda uma colossal onda de mensagens, porém como Poeta e Escritor e um apaixonado pela grande, grandiosa, especial, espetacular pessoa humana, que foi a nossa querida e eterna Poeta ou Poetisa Florbela Espanca, sinto enorme prazer em poder levar para o leitor algumas nuances dessa magistral figura eterna do nosso Querido e eterno Portugal.
“Florbela Espanca” – “Flor Bela Lobo” – “Flor D’Alma da Conceição Espanca”
Ela nasceu em “Vila Viçosa” em 08/12/1894 e faleceu em “Matosinhos” em 08/12/1930, viveu portanto, 36 anos de sua vida inquieta, porém uma fantástica mulher e magistral poetisa eterna.
Dos anos de 1899 a 1908 ela foi aluna da escola primaria de sua terra natal e nessa fase de sua vida em todos escritos colocava seu nome como: “Flor d’Alma da Conceição”, e já nos anos de 1903 e 1904 compôs o seu primeiro poema “A Vida e Morte” já demonstrando as suas características emocionais e bem como outro para seu pai João Maria em sua homenagem como “No dia d’anos”.
No seu âmago já vazava uma tristeza eterna pelos acontecimentos em sua vida familiar primordial, sua mãe Antónia veio a falecer com 29 anos e ela ainda com 8 anos e onde escreveu o seu primeiro conto “Mamã” e a seguir entrou no Colégio em Évora, onde ficou até 1912.
No ano de 1913 ela casou-se com Alberto de Jesus Silva Moutinho, onde mais tarde se separa dele e praticamente começou a divulgar a sua fantástica obra e bem como, no ano de 1915 lançou a sua obra em projeto “Trocando Olhares”, uma coletânea com 85 poemas e 3 contos.
Após uma série de complicações acaba o seu segundo casamento e ai já começou o seu eterno drama a “neurose fatal”, que lhe trouxe anos de sofrimento, embora fosse muito conhecida pelas suas poesias e colaboração nas revistas “Portugal Feminino” e “Civilização” e também onde completa a revisão de seu livro “Charneca em Flor” e bem como no dia 2 de dezembro de 1930 fechou o seu livro “Diário do Último Ano” e no dia 08 de dezembro no dia de seu aniversário ela se suicida e assim: Florbela D’Alma da Conceição Espanca” e seus restos mortais foram transferidos para a sua “Vila Viçosa”.
Para o leitor um poema magistral dela:
NOIVADO ESTRANHO: O Luar branco, um riso de Jesus – Inunda a minha rua toda inteira – E a Noite é uma flor de laranjeira – A sacudir as pétalas de luz… O luar é uma lenda de balada, Das que avozinhas contam à lareira – E a noite é uma flor de laranjeira – Que jaz na minha rua desfolhada… –
O Luar vem cansado, vem de longe – Vem casar-se co’a Terra, a feiticeira – Que enlouqueceu d’amor o pobre monge… – O Luar empalidece de cansado.. – E a noite é uma flor de laranjeira – A perfumar o místico noivado! …
—————————————
Recordação eterna da POETA/POETISA: “Florbela Espanca”,
para a glória do nosso querido e Eterno PORTUGAL

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: