A construção dos nomes das pessoas advindos das Eras Lusitanas

No decorrer de séculos, desde milhares de anos, de um jeito ou de outro os seres humanos tinham nomes, uma forma de serem chamados ou ouvidos por outros seres. E nesse decorrer de séculos, em Portugal, tanto na era da Lusitânia, como dos Celtas, Iberos, Godos,Visigodos, Álamos, Romanos, Mouros e outras raças que predominaram na Península Ibérica em pelo menos nas recordações dos tempos, por aí uns 4.000 ou mais anos até a formação do Portugal e a data das grandes descobertas portuguesas pelo mundo afora, os cidadãos tinham evidentemente nomes, o que vamos expor a seguir.
Na invasão romana do século III antes de Cristo e que durou até o ano de 711 de nossa ERA, com o linguajar do latim novos nomes foram sacramentados, como César, Júlia, Julius, Cesares, Martylis, Augustus, Petrus, Braga, etc… e nomes que embora sofressem modificações permanecem até os nossos dias.
Na era dos CELTAS, povo que veio do centro da Europa e ficaram fixos na Península, era um povo de uma certa cultura, conheciam a liga do ferro e eram ourives, e naqueles tempos por aí uns mil anos antes de Cristo, exploravam também as minas de ferro, invadindo rochas, mormente nas zonas trasmontanas, onde até hoje restos desses trabalhos podem ser vistos. Daí elementos que trabalhavam nessas rochas, acabavam tomando o nome de “ROCHA”, evidentemente com a formação da época. Portanto, as pessoas que hoje têm o nome de ROCHA vêm de muitos séculos desde a era dos Celtas.
A partir do ano 711 de nossa ERA, houve a invasão dos “Mouros”, povo que veio do norte da África, do Marrocos e da Mauritânia, e expulsaram os romanos, que pela história conhecida já não eram romanos, mas, os povos da época na Lusitânia se consideravam romanos.  Daí começaram a surgir os nomes mouros, que em muitos casos eram adotados pelos lusitanos, todavia, a fixação dos nomes que hoje praticamente usamos nos povos de descendência lusitana/portuguesa começou na realidade no século XV e XVI, entre os anos de 1498 e 1520, com a expulsão dos “Judeus” da Espanha.
Na expulsão dos Judeus da Espanha, acredita-se que pelo menos 100 mil adentraram o Norte de Portugal na região trasmontana, todavia o Rei de Portugal na época informou aos Judeus que eles seriam enviados para a África, a não ser que trocassem de religião e de nomes, o que foi acatado pelos Judeus, e eles escolheram nomes de plantas, frutas e animais e tinham que ir ao cartório e efetuarem a troca, bem como, tinham que tornarem-se os “CRISTÃOS NOVOS”, embora trocassem de religião, em suas casas porém continuavam a praticar o judaismo. Assim surgiram os seguintes nomes: Silva, Silveira, Ramos, Pereira, Moreira, Laranjeira, Leão, Lima, Limeira, Formiga, Coelho, Cão, Cabrita, Brito, bem como outros nomes.
Já da parte dos Mouros, que embora já vencidos foram também obrigados a mudar de nomes e religião, também surgiram da parte deles os CRISTÃOS NOVOS, e nomes com o artigo “O” na língua moura “AL”, como Almeida, Albuquerque, Alberto, Alcantara, Alcides, Álvaro e também como profissões e locais, e aí surgiram nomes como Da Costa, Campos, Pontes, Ferreira, Cunha, Clemente etc..
Uma infinidade de nomes vieram dessas épocas, que em razão das novas comunicações, mormente no Brasil, adotaram-se nomes estrangeiros, todavia, prevalecem uma infinidade de nomes advindos dessas épocas altaneiras da construção do PORTUGAL e das ERAS LUSITANAS.

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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