Ministério Público abre inquérito após morte de piloto de helicóptero durante incêndio

Da Redação
Com Lusa

Em Portugal, o Ministério Público instaurou um inquérito à morte do piloto do helicóptero que no domingo se despenhou no combate a um incêndio no conselho de Castro Daire. O helicóptero estava sediado no Centro de Meios Aéreos de Armamar, Viseu.

De acordo com a Proteção Civil o helicóptero foi chamado para o dispositivo de combate a incêndios às 11:45 de domingo, tendo feito duas descargas de água antes do acidente, que ocorreu às 12:25. O helicóptero da Everjets embateu em linhas de alta tensão e incendiou-se ao bater no solo, provocando a morte do piloto, que desde 2013 participava neste tipo de missões.

A Everjets, empresa proprietária do helicóptero ligeiro que se despenhou, também já anunciou a instauração de um inquérito às circunstâncias do acidente e garantiu a substituição do aparelho no dispositivo de combate aos incêndios. “O piloto era o único ocupante do aparelho e infelizmente não sobreviveu. Tinha 51 anos, nacionalidade portuguesa e experiência como piloto de combate a incêndios”, escreve a empresa em comunicado.

O Presidente da República lamentou a morte do piloto e a ministra da Administração Interna expressou condolências e afirmou que o Governo “disponibilizará todo o apoio” à família.

“O Governo disponibilizará todo o apoio necessário à família do piloto que hoje perdeu a vida em mais uma missão de combate aos incêndios florestais, numa atitude de coragem, profissionalismo e abnegação, a qual nos merece o maior respeito e admiração”, declarou a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. “Tratava-se de um piloto experiente que integrava o dispositivo desde 2013”, disse.

O incêndio em Castro Daire, Viseu, em cujo combate morreu o piloto do helicóptero, foi dado como dominado no final da tarde do dia 20. No terreno manteve-se quase 100 bombeiros e 21 viaturas no fogo que começou quinta-feira.

Mil operacionais

Nesta madrugada, mais de mil operacionais combatiam sete grandes incêndios nos distritos de Braga, Viseu, Lisboa, Leiria e Aveiro, dois dos quais dados como dominados, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pelas 02:20, o incêndio que deflagrou ao final da tarde de domingo em Celorico de Basto, no distrito de Braga, mobilizava o maior número de meios, juntando 219 operacionais e 69 veículos no combate a três frentes.

Idêntico número de operacionais — 214 homens e 69 viaturas — combatiam o fogo em Porto de Mós, no distrito de Leiria, que lavra desde a tarde de domingo e que, pela mesma hora, tinha duas frentes.

No distrito de Viseu estavam em curso dois grandes incêndios, ambos no concelho de Resende, pelas 02:10. O da freguesia de Ovadas e Panchorra, que deflagrou na manhã de domingo, mobilizava 140 operacionais e 37 meios terrestres; enquanto o de São Martinho de Mouros, também com duas frentes, que deflagrou na madrugada de quinta-feira, reunia 127 homens e 26 viaturas.

No concelho de Cadaval, no distrito de Lisboa, pelas 02:20, encontravam-se no terreno 75 operacionais apoiados por 21 viaturas no combate ao incêndio, com uma frente, que deflagrou na noite de domingo.

Cerca de 260 operacionais mantinham-se ainda no terreno, pela mesma hora, em Santa Maria da Feira (Aveiro) e Cabeceiras de Basto (Braga) devido a dois incêndios que entraram em fase de resolução na noite de domingo, segundo indicou fonte da ANPC.

No dia 20, o incêndio que lavrava na Covilhã, Castelo Branco, obrigou a retirada de 15 pessoas da aldeia de Casal da Serra, e 80 de um parque de campismo, segundo Proteção Civil.

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