Universidades do Minho e São Paulo em parceria pela “segurança máxima” da água

Da Redação
Com Lusa

Bandeira_BrasilPortugalAs universidades do Minho, em Braga, e de São Paulo, no Brasil, estão a partir de 29 de janeiro juntas num projeto que visa garantir “segurança máxima” à água que chega às torneiras dos consumidores.

“O objetivo é identificar onde estão os perigos, priorizar esses mesmos perigos e definir medidas de correção para os mais importantes, de forma a garantir segurança máxima para a água que chega às torneiras, durante 365 dias por ano”, explicou José Vieira, coordenador do projeto em Portugal.

Na Universidade do Minho (UMinho), foi apresentado oficialmente o Centro de Referência em Segurança da Água Portugal/Brasil (CERSA), que resulta de uma parceria entre as universidades do Minho e de São Paulo.

O centro quer constituir-se numa referência internacional em segurança da água e saúde pública, ao nível da investigação, formação, auditoria e consultoria, envolvendo os mais diversos agentes e instituições. Da UMinho, os parceiros são essencialmente da Escola de Engenharia, enquanto São Paulo avança com a Escola da Saúde.

No futuro, e segundo José Vieira, o CERSA pode estender-se a outros de língua portuguesa, nomeadamente da África, “que é onde o problema da água se coloca com mais acuidade”.

Uma visão partilhada pelo reitor da UMinho, António Cunha, que afirmou ser “expectável que os parceiros possam aumentar a curto prazo, no espaço que fala que português”.

Em Braga, o CERSA vai funcionar no Centro do Território, Ambiente e Construção da UMinho, na Escola de Engenharia, associando um conjunto de laboratórios, professores e investigadores.

O outro polo do CERSA fica na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e será apresentado em março, em Brasília, durante o Congresso Internacional de Segurança da Água, organizado pelo Ministério da Saúde brasileiro.

A ideia de criação deste centro de investigação surgiu após a ONU ter reconhecido, em 2010, a água e o saneamento como direitos humanos, que devem ser garantidos de forma universal para a proteção da saúde pública e da qualidade de vida nas sociedades modernas.

Na mesma semana no Brasil, autoridades de São Paulo e Minas Gerais admitem a necessidade de se racionar a distribuição de água para combater a crise que afeta o sudeste brasileiro. Governos já pediram a ajuda federal para a realização de obras de combate à seca.

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