Universidades de Pelotas e Aveiro cooperam em projeto sustentável na arquitetura e engenharia

Mundo Lusíada

logo_Brasil-Portugal-bandeiraCom o objetivo de criar conhecimento no âmbito da eficiência energética de edifícios, a Universidade de Aveiro (UA) iniciou um projeto de cooperação com a Universidade Federal de Pelotas (UFP) para promoção do conceito Casa Passiva no Brasil.

O projeto, financiado no Brasil, começa agora a ser executado, nos conceitos PassivHaus e Near Zero Energy Buildings subjacentes à Casa Passiva, projeto da UA, que tem como objetivo a aplicação do conceito de sustentabilidade aos edifícios.

O projeto prevê a atuação em três áreas fundamentais: o desenvolvimento da simulação do comportamento térmico dos edifícios, a análise técnico-econômica e a aplicação destes conceitos à realidade climática e construtiva do Brasil.

Entre as várias atividades previstas, está a mobilidade de pesquisadores do Departamento de Engenharia Civil da UA (DECivil-UA) para Pelotas e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (UFP) para Aveiro, a definição de um conjunto de boas práticas que traduzam a adaptação dos conceitos à realidade brasileira e a promoção dos conceitos na comunidade acadêmica brasileira, mais concretamente, em Pelotas.

“As Universidades são fundamentais na preparação quer dos futuros engenheiros e arquitetos, quer dos profissionais em exercício, para que integrem na concepção de novos edifícios e na reabilitação dos existentes, medidas que permitam alcançar a efetiva redução do consumo de energia” defendem professores responsáveis em Aveiro.

“Os conceitos de PassivHaus e Near Zero Energy Buildings devem ser integrados nos programas de formação acadêmica nas áreas de engenharia civil e arquitetura, de modo a serem assumidos como princípios de orientação permanente nos projetos de construção civil e arquitetura”, salientam Fernanda Rodrigues e Romeu Vicente, professores responsáveis por este projeto em Aveiro.

O projeto envolve uma equipe interdisciplinar de oito investigadores brasileiros, sob a coordenação de Eduardo Grala da Cunha, professor da UFP, e a equipe do DECivil-UA, composta por Romeu Vicente, Fernanda Rodrigues e Ana Alves, e tem a duração de três anos.

Eles realçam ainda a importância deste projeto para a difusão dos conceitos da Casa Passiva para se atingir da forma mais eficaz e econômica as metas de redução das emissões de carbono.

Conceito
O conceito Passive House (Casa Passiva), após 22 anos da construção do primeiro conjunto de casas passivas e de mais de 40.000 edifícios construídos, continua a evoluir e a mudar a forma como são planejados e construídos os edifícios. O conceito tem expandido a diferentes climas e tipologias construtivas, impulsionado pela preocupação do uso racional da energia e da sustentabilidade da construção.

As metas europeias estabelecem que os edifícios públicos, até 2018, e a construção residencial, até 2020, terão de cumprir os requisitos de baixo impacto energético, ou seja, Nearly Zero Energy Buildings (NZEB). Os princípios da Casa Passiva, de consumo energético baixo, vão precisamente ao encontro destas metas estabelecidas para os países membros da União Europeia.

Por outro lado, o Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação (REH) que entrou em vigor em Dezembro de 2013, vai também ao encontro dos princípios da Casa Passiva. Em março deste ano ocorreu as Jornadas Casa Passiva, na Universidade de Aveiro, promovido pelo Departamento de Engenharia Civil e pela Associação Casa Passiva que procura promover a arquitetura bioclimática em Portugal.

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