Universidade de Aveiro em projeto de qualidade do ar monitorada em Fortaleza

Mundo Lusíada

FORTALEZA_CearaA cidade de Fortaleza, no nordeste brasileiro, ganhará quatro postos de avaliação da qualidade do ar, nos principais corredores de tráfego de veículos. A proposta faz parte do Projeto de Monitoramento da Poluição do Ar na Área Diretamente Afetada pelo Programa Transfor, e contou com portugueses.

A concepção da rede de monitorização de qualidade do ar de Fortaleza é coordenado pelo Instituto de Ambiente e Desenvolvimento (IDAD) da Universidade de Aveiro, em Portugal, pela primeira vez, em um projeto financiado pelo Banco Interamericano para o Desenvolvimento, secção do Banco Mundial. O trabalho foi apresentado por Carlos Borrego, professor da UA, diretor do IDAD e ex-ministro do Ambiente e Recursos Naturais.

A ideia é instalar estações de gerenciamento onde há grande concentração de emissões de CO2. Três estações serão fixas e ficarão na Avenida Bezerra de Menezes, no Parque do Cocó e na Lagoa da Parangaba.

A estação móvel iniciará a verificação da qualidade do ar na região da Avenida Juscelino Kubitschek. E depois seguirá para a área Central, e para a região portuária e complexo industrial do Mucuripe. Os custos de cada uma das estações variam de R$ 900 mil a R$ 1.200.000, dependendo de quais gases serão avaliados.

A avaliação da qualidade do ar, realizada pelas estações de monitoramento, ficará centralizada na Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), que emitirá relatórios à população, periodicamente, informando se o ar está com qualidade ótima, boa, regular, ruim ou péssima nas áreas monitoradas. Os relatórios também informarão os efeitos para a saúde, de acordo com os tipos de gases que estão sendo aspirados.

Todo o processo, finalizado no final de agosto e que contou com formação de técnicos, foi realizado pelo Instituto do Ambiente da universidade portuguesa, e pelo Laboratório de Controle da Poluição do Ar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a partir da solicitação da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Seuma e da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), que coordena o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor).

O secretário de Infraestrutura de Fortaleza, Samuel Dias, explica que a redução de emissão de gases poluentes é um das preocupações do Transfor. “Além das intervenções de requalificação de vias desenvolvidas para a melhoria da mobilidade em Fortaleza, visando a diminuição do tempo de percurso dos veículos, o monitoramento e avaliação da poluição produzida também é nosso trabalho, resultando em ações para a diminuição da emissão de gases poluentes e na melhoria da qualidade de vida da população”, disse Samuel Dias.

O IDAD tem vindo a apresentar propostas de estudos na área do Ambiente para outras zonas e instituições do Brasil, como é o caso de Aracaju e São Bernardo do Campo, segundo a Universidade de Aveiro.

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