Suspeito de atear fogo em Vouzela é filho de bombeiro, diz jornal

Da Redação

Serra do Caramulo, distrito de Tondela, centro de Portugal, 25 agosto. Foto: PAULO NOVAIS / LUSA
Tondela. Foto Arquivo: PAULO NOVAIS / LUSA

Em Portugal, a polícia identificou um menor de 13 anos suspeito de atear fogo em Vouzela, que seria filho de um bombeiro português.

De acordo com a Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro foi identificado um jovem, de 13 anos, suspeito de ter ateado um incêndio florestal no passado dia 9 em Vouzela, no distrito de Viseu. Parte da floresta foi destruída numa mobilização que contou com 65 bombeiros, 16 viaturas e dois transportes aéreos.

Segundo a PJ, o incêndio, que ocorreu na tarde de domingo, no lugar de Cercosa, em Campia, concelho de Vouzela, teve início na orla de uma mancha florestal contínua, composta por pinheiros bravos e eucaliptos. O incendiário teria ateado o fogo com recurso a fósforos, através de chama direta na abundante vegetação seca que lá se encontrava.

“Apenas a pronta detecção do início do fogo permitiu um rápido e eficaz combate do mesmo por várias corporações de bombeiros e dois meios aéreos, fazendo com que o mesmo não atingisse proporções de relevo, já que se está em presença de uma mancha florestal de elevada área e densidade”, refere o comunicado da PJ.

Segundo divulgou o Correio da Manhã, o menino seria filho de um bombeiro, e teria declarado que “gostava de ver o pai a combater o fogo” e que no futuro “também queria ser bombeiro”.

O suspeito foi identificado com a colaboração do Serviço de Proteção do Ambiente e Natureza da GNR de Viseu e o inquérito foi remetido às autoridades judiciárias na comarca de Viseu. A idade do presumível autor não permite o prosseguimento do processo-crime, prevendo a lei o processo específico tutelar educativo.

Esta é a época em que Portugal combate os grandes incêndios pelo tempo seco. Segundo a imprensa portuguesa, desde o início deste ano já foram detidas 72 pessoas por provocar incêndio.

Um total de 50 incêndios foram registrados até agora nesta quinta-feira, informa a Autoridade Nacional de Proteção Civil, sendo, até ao momento, o dia com menor número de ocorrências desde o início de agosto. No combate aos 50 fogos participaram 987 operacionais, apoiados por 237 meios terrestres. Os meios aéreos foram utilizados por 19 vezes.

Em curso, encontram-se dois incêndios, nomeadamente nos concelhos de Mirandela (Bragança) e em Valpaços (Vila Real), mas não são considerados significativos.

Segundo a Proteção Civil, das 50 ocorrências do dia, o maior número ocorreu novamente no distrito de Lisboa, com oito. Leiria, com sete, e Setúbal, com seis, foram os outros dois distritos onde se registaram maior número de incêndios, seguidos do distrito de Aveiro, com cinco. Em Viana do Castelo, Évora e Portalegre não foram registadas quaisquer ocorrências até o momento.

Desde 01 de agosto e até segunda-feira, foram registrados em Portugal continental 2.430 incêndios. Os dias 09 e 10 de agosto, foram desde o início do ano, os dias em que foram registrados maior número de ocorrências com 380 e 305, respectivamente.

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