Saúde: Desça do Salto! Sua coluna agradece

Da Redação

A origem é controversa, mas a fama é conhecida. Amplamente utilizado por Luís XIV, no século 17, o salto alto difundiu-se e tornou-se amigo número 1 das mulheres.

No entanto, o uso constante desse tipo de sapato pode ter uma consequência nada agradável: a dor nas costas. Juntamente com a má postura e o sedentarismo, o salto alto compõe a tríade de vilões da coluna. Muitas vezes aquela dor localizada, depois de horas e horas com o calçado, é o primeiro aviso de que algo não vai bem.

“É muito comum recebermos mulheres com dores nas costas, após uma festa na qual elas usaram saltos altos”, afirma o ortopedista Pil Sun Choi, coordenador do Grupo de Cirurgia de Coluna Minimamente Invasiva do Hospital S. José da Beneficência Portuguesa de SP.

O médico explica que há uma frequência e tipo de salto menos prejudicial à coluna. “No dia a dia, o ideal é três a cinco centímetros. Saltos maiores devem ser reservados aos eventos e, mesmo assim, a mulher deve estar preparada para ter dores nas costas e nos pés”. A dor ocorre por que os saltos altos deslocam o centro de gravidade para frente, causando um desequilíbrio. Para compensar a desproporção, as mulheres tendem a naturalmente sobrecarregar as estruturas das vértebras, causando lordose lombar, uma curvatura excessiva da coluna para dentro.

No entanto, quem quer fugir do problema usando sandálias rasteirinhas, deve pensar duas vezes: elas também podem fazer mal, justamente por deixar os pés muito à vontade. A falta de apoio pode gerar lesões por sobrecarregar outras partes do corpo. “Para evitar problemas mais sérios de coluna o recomendado é usar calçados que tenham plataformas, pois o importante é a diferença entre a parte anterior e posterior do pé”, orienta o ortopedista.

No caso das meninas, o médico avisa: crianças não devem usar esse tipo de sapato. “O mais problemático é que as crianças têm um esqueleto imaturo e o uso do salto alto pode deformar a coluna permanentemente, produzindo o aumento da lordose lombar ou cifose torácica (queda dos ombros para frente)”. Por isso o mais recomendado é deixar o salto alto para as situações especiais e lembrar que a elegância não depende exclusivamente desse acessório.

Liderado pelo médico ortopedista Dr. Pil Sun Choi, o Grupo é referência em Cirurgia de Coluna Minimamente Invasiva no Brasil. A equipe cirúrgica atende no Hospital S. José, um dos poucos hospitais do Brasil a ter acreditação internacional (JCI). Multidisciplinar, o Grupo conta com ortopedistas, neurocirurgiões, especialistas em dor, anestesistas, fisioterapeutas e especialidades afins. Os procedimentos realizados envolvem técnicas percutâneas com ou sem assistência de vídeo-cirurgia que são realizadas com anestesia local, o que propicia menos dor no pós-operatório e rápido retorno às atividades.

O Grupo é composto pelos médicos Dr. Pil Sun Choi, Dr. Wilson Dratcu, Dr. Marcelo Perocco, Dr. David Del Curto, Dr. Pedro Pierro, Dr. Atuzi Mizi Junior e Dr. Luiz Meirelles.

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