Presidente inaugura ponte em Santa Catarina com tecnologia portuguesa

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Mundo Lusíada
Com agencias

A presidente do Brasil esteve em Laguna (Santa Catarina), em 15 de julho, para inaugurar uma das suas principais obras de transporte, 2,83 quilômetros da ponte Anita Garibaldi, que vão melhorar o fluxo de veículos na rodovia BR 101, que liga os estados da região Sul ao Sudeste.

“Superamos todos os entraves que no Brasil há para se realizar obras de infraestrutura”, disse a presidente, que esteve no local em maio de 2012 para assinar a ordem de serviços dos trabalhos. “Temos de ter no Brasil infraestrutura de qualidade para poder desenvolver indústrias, para poder garantir empregos e para poder garantir a segurança do tráfego para a população.”

Segundo Dilma, a obra da ponte Anita Garibaldi saiu num prazo de tempo mais curto graças à parceria da União com o governo estadual e ao Regime Diferenciado de Contratações (RDC). O modelo do RDC permite que um projeto tenha um processo simplificado e mais ágil para sair do papel.

A obra leva tecnologia portuguesa, com trabalho desenvolvido por engenheiros do Porto, um trabalho inovador que utiliza equipamentos com construção pré-fabricada. “Numa linguagem acessível é como se fossem legos”, adianta em entrevista à Renascença, Pedro Pacheco, da BERD. “São peças de betão que se encaixam umas nas outras. E o equipamento da BERD é um equipamento que sustenta 15 legos que pesam cada um mais de cem toneladas e tem um sistema de controle – chamado OPS – que é uma tecnologia portuguesa que permite construir mais depressa e com mais precisão e com mais segurança”.

“Eu diria que não temos conhecimentos no Brasil de alguma obra que tenha sido construída com este tipo de rendimento. Temos inúmeras comunicações por escrito do construtor, que nos honram a todos e que deixam esta nova geração de engenheiros perfeitamente orgulhosa do trabalho que fez”, afirma Pedro Pacheco à mesma fonte.

Em seu discurso, Dilma usou a imagem das “pontes” para comentar o atual momento da economia brasileira que se encontra numa fase de ajustes para a retomada do crescimento. “Uma ponte, ela une, uma ponte fortalece, uma ponte junta energia, uma ponte permite que você supere obstáculos. O que nós queremos no Brasil, é que, entre nós, se construam pontes. Porque juntos nós somos capazes de superar todas as dificuldades. ”, avaliou a presidente. A fala de Dilma ocorre em um período de turbulência do governo: a crise econômica e as investigações de corrupção na Petrobras são frequentemente usadas pela oposição para criticar o governo da petista.

Ao custo de R$ 774.369.322,71, a obra da ponte que levou três anos é a única estaiada em curva do país e a terceira maior ponte do Brasil. Ela integra um processo de duplicação, em Santa Catarina, da BR 101, principal corredor de acesso aos países do Cone Sul do Mercosul e a mais importante ligação rodoviária entre São Paulo e Buenos Aires.

Em sua construção foram utilizadas 20.000 toneladas de aço, 100.000 m³ de concreto e 251.500 m² de forma. Os blocos de concreto que formaram a ponte têm 90 toneladas. O empreendimento chegou a ter 1.900 funcionários envolvidos, trabalhando dia e noite para que a obra fosse concluída em tempo recorde.

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