Portugal repõe feriados para mostrar “valores permanentes” acima de conveniências

Da Redação

PM_AntonioCostaPSO primeiro-ministro português António Costa participou da cerimônia emblemática de referenda da Lei da Assembleia da República que restabelece quatro feriados nacionais, dois civis (5 de Outubro e 1.º de Dezembro) e dois religiosos (Corpo de Deus e Todos os Santos) suspensos em 2012, que decorreu na Sociedade Histórica para a Independência de Portugal, em Lisboa.

“Ao restabelecer estes feriados, estamos a afirmar que a História, a memória, a cultura e a identidade de Portugal não são valores efémeros, dispensáveis, instrumentais ou secundários que possam ser depreciados, transacionados ou esquecidos em nome de considerações circunstanciais ou de propósitos imediatistas ou utilitaristas”, afirmou o Primeiro-Ministro.

O Primeiro-Ministro afirmou que a reposição dos feriados nacionais “deve ser um ato de pedagogia cívica. Temos a obrigação de comemorar as grandes datas nacionais com sentido patriótico, atitude contemporânea e capacidade de mobilizar e unir os portugueses”.

Segundo ele, não há continuidade nacional nem renovação de gerações sem consciência e sem memória coletiva. “Temos de saber que Portugal não começou conosco, nem vai acabar conosco», sublinhou.

Recusando os argumentos econômicos que justificaram a suspensão dos quatro feriados nacionais, António Costa declarou que “há valores permanentes acima das conveniências conjunturais”.

“Há princípios, valores e acontecimentos fundamentais cuja memória e celebração não podem estar à mercê de cálculos ocasionais, de impulsos ideológicos e de fins propagandísticos, mesmo quando se apresentam sob argumentos que os dissimulam ou disfarçam”, disse o Primeiro-Ministro.

António Costa recusou que a decisão de repor os feriados não se devesse a facilitismo ou ambição de popularidade: “Pelo contrário, foi em nome do futuro que o fizemos e com a profunda convicção de que celebrar as grandes datas da nossa história não é desperdiçar recursos, mas investir no futuro e criar valor para os vindouros”.

Na cerimônia estiveram presentes os Ministros da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, e da Cultura, João Soares, bem como o duque de Bragança, D. Duarte Pio, e o coordenador do Movimento do 1.º de Dezembro de 1640, José Ribeiro e Castro.

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