Portugal presente na deslumbrante abertura dos Jogos Rio 2016

Da Redação
Com agencias

Uma exaltação das raízes brasileiras invadiu o Maracanã para uma deslumbrante Cerimônia de Abertura do Rio2016, com muito samba no pé e em que coube a Vanderlei Cordeiro de Lima a honra de acender a Chama Olímpica. Elogiada em várias partes do mundo, a abertura brasileira foi animada e começou com a história do Brasil que incluiu até os portugueses colonizadores.

Durante a noite marcante, cada um dos atletas presentes no Rio2016 plantou uma árvore, que permanecerá como o seu legado para o Rio de Janeiro no Parque dos Atletas. A Grécia, pátria-mãe da competição, iniciou o desfile das nações, com a equipe de refugiados olímpica, os países vizinhos/latinos, o colosso Estados Unidos, a Itália e o Japão, com grandes comunidades no país, a Palestina, o país-irmão Portugal, e, obviamente, o Brasil, último a entrar no Maracanã, a serem os mais aplaudidos.

O Presidente português foi um dos muitos chefes de Estado a assistir ao vivo à cerimônia de abertura dos primeiros Jogos Olímpicos de verão na América do Sul, Rio de Janeiro2016, no mítico estádio Maracanã.

Ao terceiro de seis dias de viagem ao Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa esteve num almoço a empresários lusos e brasileiros, e pelas 17:00 (21:00 em Lisboa), o Presidente da República, tal como representantes de outros países, foi recebido pelo presidente interino do Brasil, Michel Temer, no Palácio do Itamaracy, antes das deslocações a São Paulo e Recife.

O desfile de mais de 12.000 atletas de 206 países, distribuídos por 28 modalidades, e inauguração oficial do certame desta XXXI Olimpíada começou as 19:15 (23:15 em Lisboa).

A delegação portuguesa entrou às 22:20 locais (02:20 em Lisboa) no Estádio do Maracanã, numa delegação liderada pelo velejador João Rodrigues, que, na sétima participação, foi o porta-estandarte luso.

Dos 92 desportistas no Rio2016, Portugal, que foi a 153.ª delegação a desfilar, fez-se representar com 34 atletas, sendo de destacar ainda a presença do ex-futebolista Pauleta, segundo melhor marcador da história de seleção ‘AA’, em representação da equipa de futebol.

O maior contingente foi o do atletismo, com 11 atletas, incluindo o único campeão olímpico entre os representantes lusos no Rio2016, Nélson Évora, medalha de ouro no triplo salto em Pequim2008.

Cátia Azevedo, Irina Rodrigues, João Vieira, Lorene Bazolo, Marta Onofre, Marta Pen, Patrícia Mamona, Sérgio Vieira, Susana Costa e Vera Barbosa foram os outros representantes da modalidade que ‘selou’ os quatro ouros olímpicos de Portugal.

Por seu lado, o judo teve os seus seis representantes (Joana Ramos, Telma Monteiro, Sergiu Oleinic, Nuno Saraiva, Célio Dias e Jorge Fonseca), contra cinco da vela (João Rodrigues, Gustavo Lima, Jorge Lima, José Costa e Sara Carmo).

Pedro Martins e Telma Santos (badminton), José Carvalho (canoagem), Luciana Diniz (equestre), Filipa Martins, Ana Rente e Diogo Abreu (ginástica), Ricardo Melo Gouveia (golfe), Gastão Elias e João Sousa (ténis), Tamila Holub (natação) e João Monteiro (ténis de mesa) também marcaram presença.

Assalto
Entre a beleza do Rio, a notícia que o ministro luso da Educação, Tiago Brandão, foi vítima no sábado de um assalto, também esteve nos jornais de vários países, mas segundo disse ele se sente muito seguro e vai continuar a acompanhar os portugueses nos Jogos Olímpicos.

“Situações destas são sempre um susto. Dizer que não, seria desvalorizar o que não deve ser desvalorizado. No entanto, também não deve ser demasiado valorizado. Pelo menos, não tem que haver uma inquietação excessiva”, disse Tiago Brandão, aos jornalistas.

De acordo com o governante luso, “a organização é fantástica, numa cidade de língua portuguesa, o que é uma oportunidade única”, pelo que “há que viver esta festa”. “É a quarta vez que estou nesta cidade e sempre me senti muito seguro, no Rio de Janeiro e no Brasil. Acima de tudo, é preciso ter tranquilidade, mas também todos os cuidados”, alertou, agradecendo às autoridades brasileiras.

O incidente aconteceu no Bairro de Ipanema, quando o ministro seguia para o hotel: “Nas imediações do hotel, numa rua muito movimentada, durante a tarde, fui abordado por dois indivíduos, que pediram dinheiro.”

“Tinham um artefato, uma arma branca na mão e aquilo aconteceu de forma muito natural e muito rápida. Queriam os nossos pertences, mas estava muita gente nas imediações e houve reação. Eles acabaram por fugir e soltar todos os pertences”, prosseguiu Tiago Brandão.

O ministro da Educação avançou ainda que “um dos indivíduos foi apanhado pela polícia” e que o caso foi relatado “às autoridades”. “Voltámos para o hotel e continuámos a fazer a nossa vida normal”, frisou, concluindo: “Pode acontecer em qualquer parte do mundo, em grandes eventos. Acima de tudo, é preciso ter os cuidados necessários.”

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