Portugal na maior rede mundial de empreendedores sociais

Da Redação
Com Lusa

No-Dia-Juventude-ONU-ouve-jPortugal vai integrar oficialmente a rede Ashoka, a maior organização de empreendedores sociais do mundo presente em 84 países, disse Frederico Fezas Vital, um dos responsáveis do projeto.

A adesão formal de Portugal a esta organização não-governamental, que conta com mais de 3.500 empreendedores sociais espalhados pelo mundo, acontece terça-feira numa cerimônia na Fundação Calouste Gulbenkian.

Na cerimônia serão apresentadas as cinco escolas Ashoka Changemaker portuguesas, que irão fazer parte da rede que inclui mais de 200 escolas espalhadas pelo mundo, e será nomeado o Ashoka Fellow.

Desde que foi fundada, na Índia, em 1980, por Bill Drayton, a organização tem vindo a identificar e a apoiar empreendedores que criaram nos seus países “soluções para problemas sociais de uma forma inovadora e com um potencial de escala e de réplica a nível nacional e internacional, para mudança de paradigmas em várias áreas”, disse Frederico Fezas Vital, responsável pelo projeto Escolas Ashoka Changemaker.

Apesar de este trabalho já estar a ser feito há alguns anos em Portugal, via a representação espanhola, a Ashoka vai “finalmente ter agora uma estrutura oficial em Portugal”, adiantou à Lusa o também fundador da Terra dos Sonhos, associação que realiza sonhos de crianças e jovens doentes e em situação de risco.

Em Portugal, “vamos estrategicamente incidir sobre a área da educação que acreditamos ser um dos pilares que, a nível de todas as questões sociais, a que necessita de mais atenção a médio e longo prazo”, adiantou.

Será também realizado um trabalho de forma “mais incisiva” no sentido de identificar empreendedores sociais portugueses com perfil para integrar esta rede mundial e serem ‘Ashoka Fellow’.

Neste momento, já temos um ‘Ashoka Fellow’ português, o designer Miguel Neiva, que criou o projeto ColorADD, um código universal de identificação de cores desenhado a pensar na inclusão das pessoas daltónica, disse Frederico Vital, adiantando que na terça-feira será anunciado um novo empreendedor social

“A ideia é continuar com esse processo de identificação e seleção de empreendedores para depois trabalhar com todos os empreendedores sociais internacionais na réplica desses projetos e dessas soluções para melhorias das condições sociais nas áreas onde opera”, explicou.

A segunda área de operação vai ser o Programa Escolas Changemaker, que passa por identificar escolas que “têm vindo a mudar o paradigma da educação”.

Esta mudança passa, sobretudo, por “educar jovens que consigam intervir nas suas comunidades de forma diferenciadora e que se sintam verdadeiros ‘changemakers'”, explicou o responsável.

Neste primeiro ano, “já identificámos cinco escolas e o objetivo é nos próximos dois anos identificar pelo menos mais quatro”, sublinhou.

Agora “vamos trabalhar para replicar as suas boas práticas, inspirar outras escolas e criar uma rede forte que ajude a alterar um bocadinho o paradigma da educação”, disse Francisco Fezas Vital.

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