ONU Portugal: Homens têm que reivindicar direitos de cuidar das crianças

Da Redação
Com ONU News

O time de futebol de Portugal posa para foto com crianças de Opalenica no Centro de Treinamento Opalenica, Polônia, 23 JUnho 2012. MARIO CRUZ / LUSAOs homens precisam abraçar a luta pela igualdade de gêneros reivindicando os direitos que têm. Entre eles, o direito de ficar em casa e de cuidar das crianças. Sem esta paridade entre os trabalhos realizados por homens e mulheres na sociedade, o mundo não poderá alcançar a Agenda de Desenvolvimento Sustentável.

A afirmação é da secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade de Portugal, Catarina Marcelino. Em Nova Iorque, ela participa da 61ª. sessão da Comissão sobre o Estatuto das Mulheres, CSW, que decorre na sede das Nações Unidas.

“Temos que trabalhar em conjunto e precisamos que os homens também reivindiquem direitos. Os homens também têm direitos a cuidar das crianças, a estar em casa portanto há aqui um trabalho grande a fazer com homens e com mulheres. E a chave está na educação. A educação é a chave. Se nós não investirmos nas gerações mais novas nós não chegamos lá. Portanto, investimento nas gerações mais novas, um grande investimento na educação. É essa a chave, e o Governo português está empenhado, a partir do próximo ano, em ter uma estratégia na educação, na escola pública para este fim.”

Catarina Marcelino afirmou que Portugal é um dos países, onde as mulheres mais trabalham fora de casa em tempo integral. Entretanto, existem desafios que são comuns a outras partes do mundo como o da desigualdade salarial.

Desigualdades

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, OIT, em todo o mundo, as mulheres recebem apenas 73% do salário de um homem para desempenhar a mesma função, e que a paridade salarial pode levar 170 anos se nada for feito.

“Nós enfrentamos os desafios da desigualdade salarial e de nos impormos no mercado de trabalho, de chegarmos aos lugares de poder e decisão.  Estamos a trabalhar também para que as mulheres tenham mais acesso aos lugares de decisão e de poder.  Não é justo num país e num mundo, onde as mulheres teem mais sucesso acadêmico e depois não terem sucesso profissional, não é justo. Este é tudo uma questão de justiça social. Nós somos uma democracia, e numa democracia estas desigualdades não podem ser aceites.”

Mutilação Genital Feminina

A secretária de Estado portuguesa participa, pela segunda vez, da reunião da CSW, na ONU. O encontro é considerado um dos mais importantes do calendário da organização para tratar de autonomia e empoderamento femininos.

Nesta quarta-feira, Catarina Marcelino discursa num Fórum de Alto Nivel sobre a eliminação  da prática da mutilação genital feminina em todo o mundo, tema que já foi documentado também pela portuguesa Catarina Furtado.

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