Mundo Lusíada
Um projeto de pesquisa sobre a emigração portuguesa atual, “REMIGR: A Nova Emigração e a Relação com a Sociedade Portuguesa”, financiado pela FCT e desenvolvido por uma equipe da Universidade de Lisboa, da Universidade de Coimbra e do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, divulgou seus primeiros resultados.
Segundo João Peixoto, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão, os primeiros resultados do inquérito Remigr, realizado através de questionário na internet, mostram que a grande maioria saiu de Lisboa, 25%. O Porto aparece em seguida com 8% em local que viviam, seguido por Coimbra e Cascais. Já os destinos, Reino Unido e Alemanha aparecem como principais numa maioria que emigrou entre 2012 e 2013.
“Foram obtidos três mil inquéritos de portugueses emigrantes. Num universo de respostas de 96 países, a maior parte preencheu o inquérito a partir do Reino Unido, Alemanha, Brasil, Angola, França e Suíça” declarou Peixoto em entrevista ao Correio da Manhã.
Cerca de 20% dos entrevistados estavam desempregados quando emigraram. “A maioria decidiu emigrar por um melhor salário, estabilidade profissional e perspectivas de carreira que não possuíam em Portugal” declarou ao jornal.
Emigrantes de todas as partes do país, de norte a sul de Portugal, mais precisamente de 194 concelhos, incluindo os Açores e a Madeira, mostram que a maioria mantém contatos e visita Portugal mais de uma vez ao ano. “Há dois terços que expressam essa intenção” de voltar ao país.
Os objetivos do projeto são conhecer o perfil dos portugueses residentes no estrangeiro, as suas trajetórias migratórias, os fatores que impulsionaram as saídas. Podem responder ao inquérito os cidadãos de nacionalidade portuguesa ou nascidos em Portugal, com 18 anos ou mais, que tenham saído de Portugal depois de 2000 e vivam atualmente no estrangeiro. As respostas são anônimas e confidenciais e destinam-se apenas a fins acadêmicos. O questionário online pode ser acessado neste link: http://tiny.cc/remigra.