Governos de SP e Canadá discutem empoderamento da mulher pelo empreendedorismo

Da Redação

SaoPaulo_capital_BrasilCom um histórico de bem-sucedidas parcerias, os governos de São Paulo e do Canadá anunciam mais um evento que, dessa vez, promete uma discussão importante sobre os atuais desafios e conquistas da mulher no mercado de trabalho e do empreendedorismo.

No próximo 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Pinacoteca vai sediar o #smashtheglass – Empoderando a Mulher pelo Empreendedorismo.

Participam do evento as vlogueiras brasileiras Jout Jout (Jout Jout Prazer) e Ana Paula Xongani (Xongani Moda Afro), Nana Lima da ONG Think Olga, Raquel Elita Preto (Preto Advogados), as canadenses Sylvie Faria (diretora da Mercuri Urval) e Alison Grant (ministra-conselheira da Embaixada do Canadá) e a secretária-adjunta de Desenvolvimento Social do estado paulista Marina Bragante. Este elenco que, das 13h às 17h, vai conversar com uma platéia restrita aos 140 lugares do auditório da Pinacoteca, gerenciada pela Secretaria da Cultura do estado paulista.

Interessados devem se cadastrar pelo link https://goo.gl/rVdfgO. Os inscritos vão receber, por e-mail, a “Confirmação de Inscrição” que dará acesso ao encontro. A apresentação da “Confirmação” será obrigatória.

O encontro está dividido em dois painéis – “Das dificuldades do mercado de trabalho à busca por realização profissional e pessoal” e “Empreendimento próprio: desafios, preconceitos e conquistas”. Na primeira mesa, participam Jout Jout, Ana Paula Xongani e Sylvie Faria, mediadas pela assessora de Cooperação Internacional do governo paulista Irina Frare Cezar. Logo depois, Nana Lima, Raquel Elita Preto e Alison Grant, intermediadas por Silvana Gimenes, assessora de Cultura para Gêneros e Etnias, prometem esquentar o tema do empreendedorismo feminino.

Para Alison Grant, ministra-conselheira e chefe do Setor Político da Embaixada do Canadá no Brasil, “é uma honra participar desse evento tão importante que o Canadá está organizando em parceria com o governo do Estado de São Paulo. O Canadá apoia o pleno empoderamento político das mulheres em todos os níveis. Quando as vozes das mulheres e das meninas podem ser ouvidas no ambiente de tomadas de decisões, as políticas e os programas podem ser melhor concebidos para satisfazer as necessidades das mulheres e dos homens, bem como das meninas e dos meninos. O mundo precisa de mais mulheres líderes”.

Smash The Glass traduz um conceito de que as mulheres enfrentam uma barreira invisível, mas intransponível, para alcançarem os postos de comando em estruturas corporativas. Significa que, por mais capacitadas e qualificadas que estejam para uma determinada função (em sua maioria a de maior responsabilidade e maior salário), acabam sempre ocupando cargos inferiores aos dos conquistados pelos homens.

Realidades
De acordo com as informações mais atualizadas do SEBRAE, de 2015, na média da população adulta brasileira (entre 18 e 64 anos) a taxa total de empreendedores chegou a 39,3% das pessoas. Mesmo com uma significativa aproximação feminina, os homens ainda são mais empreendedores. Dos homens brasileiros, 42,4% são empreendedores. As mulheres são 36,4%.
A proporção se mantém entre “empreendedores iniciais” e “empreendedores estabelecidos”. Apenas os “empreendedores novos”, com negócios com menos de 3,5 anos, a proporção feminina é maior – 15,1% das brasileiras contra 14,7% dos brasileiros, o que indica que, entre 2012 e 2015, possivelmente ocorreu um movimento mais forte de entrada de mulheres na atividade empreendedora.

Canadá
Uma prioridade do Canadá é garantir oportunidades iguais para as mulheres no mercado de trabalho. O Canadá está comprometido em eliminar as barreiras que impedem a participação das mulheres no meio empresarial, além de apoiá-las na medida em que avançam na carreira.

Segundo a Statistics Canada, órgão oficial de pesquisa do país, 51% dos negócios de pequeno e médio porte no Canadá são comandados por mulheres.

Outro estudo, realizado pela Universidade Simon Fraser, aponta que empresas gerenciadas por mulheres têm melhor desempenho financeiro e maior credibilidade no mercado. O estudo coloca ainda o Canadá como líder global em empreendedorismo feminino. A participação das mulheres no mercado de trabalho no Canadá como empresárias e chefes de empresas se iguala aos Estados Unidos e está acima da média de países como Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia.

Mesmo com índices tão positivos, o Canadá ainda enfrenta desafios na obtenção de igualdade do gênero. De acordo com dados publicados recentemente pelo Statistics Canada e pelo jornal The Globe and Mail, um ponto a destacar é a diferença salarial entre homens e mulheres: Mulheres canadenses que trabalham em período integral ganham cerca de 73.5 centavos de dólar canadense para cada 1 dólar canadense conquistado pelos homens. E esse valor pode ser ainda menor entre mulheres indígenas e negras no país. Além disso, as mulheres canadenses ainda exploram pouco as oportunidades no mercado internacional se comparado aos homens.

Luz no fim do túnel
Embora as mulheres hoje em dia ainda ganhem relativamente menos que os homens, a diferença salarial entre os gêneros diminuiu nas últimas três décadas. Alguns fatores que contribuíram para o estreitamento da diferença salarial são o acesso a educação de nível superior, oportunidade de crescimento no setor de atuação, tipo de ocupação e aumento da participação das mulheres em sindicatos.

No Canadá um ponto importante que contribui para os avanços nas condições de trabalho para as mulheres é a execução da Lei de Equidade de Remuneração que exige que os empregadores assegurem que homens e mulheres recebam “salário igual por trabalho de igual valor”. A Lei de Equidade no Trabalho exige que os empregadores removam barreiras no local de trabalho para mulheres, indígenas, membros de minorias visíveis e pessoas com deficiência.

Além disso, o governo do Canadá, em parceria com organizações não governamentais e empresas privadas, trabalha para criar oportunidades para mulheres em setores antes dominados pelos homens como nas áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Programas comunitários de incentivo para microempresárias também estão disponíveis em todo o país. Através destes programas, as mulheres recebem consultorias que ajudam a aumentar seus rendimentos, lançando uma pequena empresa, aprendendo um ofício especializado ou trabalhando em uma recolocação profissional.

Programação
13h – 13h20 – Mesa de Abertura
Ana Paula Fava – Chefe da Assessoria Especial para Assuntos Internacionais (AEAI) do governo do Estado de São Paulo
Stéphane Larue – Cônsul-geral do Canadá em São Paulo

13h20 – 13h35 – Apresentação
Marina Bragante – Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo

13h35 – Painel 1: Das Dificuldades do Mercado de Trabalho à Busca por Realização Profissional e Pessoal
Moderadora: Irina Frare Cezar – Assessora de Cooperação Internacional da AEAI
Convidadas: Jout Jout (Jout Jout Prazer), Ana Paula Xongani (Xongani Moda Afro), Sylvie Faria (Mercuri Urval)

15h – 15h30 – Intervalo

15h30 – Apresentação
Alison Grant (Embaixada do Canadá)

15h45 – Painel 2: Empreendimento Próprio: Desafios, Preconceitos e Conquistas
Moderadora: Silvana Gimenes – Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias – Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
Convidadas: Nana (Think Olga), Raquel Elita Preto (Preto Advogados), Alison Grant (Ministra-conselheira da Embaixada do Canadá)

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