França: Lista de ocupantes do Airbus A320 não inclui portugueses, diz secretário de Estado

Da Redação
Com agencias

A lista dos passageiros a bordo do avião Airbus A320 que se despenhou no sul de França em 24 de março, não inclui o nome de nenhum português, declarou à agência Lusa o secretário de Estado das Comunidades.

“Da consulta da lista de passageiros não é evidente a presença de qualquer português, ou seja, não há nenhum nome português”, afirmou José Cesário, acrescentando aguardar que, “no caso de algum daqueles nomes ter nacionalidade portuguesa”, lhe seja dada a informação.

À medida que as famílias vão sendo contactadas, “vão recolhendo os dados das pessoas e podem verificar se essas pessoas têm alguma nacionalidade que não aquela que o nome evidencia”, esclareceu o secretário de Estado.

As vítimas do acidente são originárias de 15 países. Em entrevista coletiva, o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, disse que entre as “nacionalidades comprovadas”, a maioria dos passageiros era formada de alemães e espanhóis. O governo espanhol anunciou que do total de 150 mortos, pelo menos 49 são espanhóis e já foram identificados, lembrando que se trata de um número provisório. A empresa aérea, no entanto, a Germanwings, informou que 35 mortos são espanhóis e 72, alemães.

Além dessas duas nacionalidades, o avião levava passageiros da Argentina, Austrália, Bélgica, Colômbia, Dinamarca, Grã-Bretanha, de Israel, do Japão, de Marrocos, do México e da Holanda.

O Airbus A320 da companhia de baixo custo alemã Germanwings partiu pela manhã do dia 24 de Barcelona, com destino a Düsseldorf, mas despenhou-se nos Alpes franceses, a cerca de 2.000 metros de altitude, perto da localidade de Barcelonnette, na região de Digne-les-Bains (sul de França), não tendo sobrevivido nenhum dos 150 ocupantes.

No dia seguinte, as equipes de resgate em terra retomaram as buscas pelos restos do avião da Germanwings. O movimento de veículos intensificou-se a partir das 7h (2h em Brasília), assim que o sol nasceu na localidade de Seyne-les-Alpes, a poucos quilômetros do lugar do acidente e onde se encontram os serviços de resgate.

Ainda no dia 25 também esteve no local o presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.

Tragédia
O presidente da companhia aérea alemã Lufthansa, Carsten Spohr, considerou nesta quinta-feira “inimaginável” o acidente aéreo com o A320, cujo copiloto terá precipitado o avião propositalmente contra o solo nos Alpes franceses.

“Parece inimaginável que pudesse ocorrer semelhante tragédia na nossa empresa. As nossas tripulações são selecionadas com o maior rigor”, declarou Carsten Spohr, sobre o gesto de Andreas Lubitz, que terá feito despenhar o avião, provocando a morte de todos os 150 ocupantes. As vítimas tiveram “morte instantânea”, afirmou o procurador encarregado da investigação.

O co-piloto foi o responsável pela queda do avião acionando a descida do avião, e se recusando abrir a porta do ‘cockpit’ ao piloto. A gravação de som contida numa das caixas pretas revela que “só houve gritos nos últimos momentos”, disse Brice Robin da procuradoria de Marselha, em conferência de imprensa.

O co-piloto, que estava sozinho aos comandos no momento em que o avião embateu numa montanha, foi identificado como Andreas Lubitz, de nacionalidade alemã. Segundo as investigações, o copiloto não estava referenciado por qualquer ligação ao terrorismo. As autoridades esperam divulgar mais pormenores sobre a sua experiência e vida privada.

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