Equipe de Coimbra lidera projeto de 13ME para regenerar bairros sociais pela Europa

Da Redação
Com Lusa

O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra vai coordenar um projeto europeu com um financiamento de 13 milhões de euros que propõe regenerar bairros sociais de sete cidades da Europa, divulgou a instituição.

O consórcio, intitulado URBiNAT, conta com cerca de 30 parceiros internacionais e recebeu 13 milhões de euros de financiamento através do quadro de investigação e inovação da União Europeia H2020, referiu o Centro de Estudos Sociais (CES), em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Durante cinco anos, o projeto vai “investigar, desenvolver e implementar o que designa de ‘corredores saudáveis'”, com base no catálogo de Soluções Baseadas na Natureza (NBS), onde estão incluídas “soluções tecnológicas de impacto ambiental, metodologias inovadoras de participação democrática e inclusão, e alternativas econômicas por meio de soluções de economia social e solidária”.

Os ‘corredores saudáveis’ vão ser construídos através de processos participativos nas cidades do Porto, Nantes (França) e Sofia (Bulgária), sendo depois replicados em Bruxelas (Bélgica), Siena (Itália), Høje-Taastrup (Copenhaga, Dinamarca) e Nova Gorica (Eslovênia), em parceria com municípios e universidades locais.

Em Portugal, vão estar associadas cinco instituições: CES, Câmara do Porto, Domussocial – Empresa de Habitação e Manutenção do Município do Porto, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, e o Give U Design Art (GUDA).

Segundo o CES, o projeto “propõe novos modelos de desenvolvimento urbano por meio de inovações no espaço público”.

“A implementação do projeto privilegia uma abordagem participativa e transdisciplinar: os parceiros estão comprometidos com o envolvimento ativo das comunidades de cada cidade na concepção, desenho e implementação dos ‘corredores saudáveis’, cruzando saberes dos cidadãos com práticas profissionais e conhecimentos científicos de áreas diversas”, como a inovação social, cidadania, inclusão, gênero, desenho urbano ou arquitetura, sublinhou a instituição.

No âmbito do projeto, está também prevista a criação do Observatório OURBiNAT, que “vai gerir e monitorizar os dados e análises produzidos ao longo do projeto, garantindo a sua sustentabilidade e a promoção de uma regeneração urbana inclusiva e com soluções inovadoras”.

O consórcio e a equipa do CES são coordenados pelo arquiteto Gonçalo Canto Moniz, investigador daquele centro de investigação e docente do Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, “onde investiga e leciona os processos alternativos de reúso de edifícios modernos e a sua capacidade de transformar as cidades e as comunidades”.

De acordo com a nota de imprensa, “esta é a primeira vez que a Comissão Europeia atribui um financiamento desta magnitude a um consórcio liderado por um centro de investigação interdisciplinar das Ciências Sociais e Humanas, reconhecendo a forte presença do CES na investigação europeia”.

O consórcio conta ainda com parceiros iranianos e chineses, e parceiros observadores do Brasil, Omã, Japão e China, para garantir a partilha de boas práticas e replicação das soluções noutros contextos.

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