Embaixadas alertam portugueses e brasileiros para evitarem Jacarta

Mundo Lusíada
Com agencias

A embaixada de Portugal na Indonésia lançou um aviso aos cidadãos portugueses para evitarem deslocações ao centro de Jacarta, onde ocorreram vários ataques à bomba, provocando pelo menos cinco mortos.

“Sugere-se a todos os nacionais portugueses que evitem deslocações nos arredores de Budaran HI, em concreto no Shopping Mall Sarinah, que se encontra na Jalan Thamrin, na sequência de uma série de ataques com armas de fogo e explosivos que ali ocorreram”, lê-se na comunicação emitida pela embaixada aos portugueses.

A representação portuguesa alerta que “todos os movimentos devem ser reduzidos ao mínimo indispensável, pois há bloqueios em várias vias de acesso a Jacarta Central/Menteng e diz-se poderem estar ainda a ter lugar atos terroristas”.

A embaixada recomenda ainda aos portugueses que evitem “entrar em centros comerciais”, designadamente nas áreas centrais da cidade.

“Segundo nos informaram, a polícia encontra-se em perseguição de atacantes armados de elevada perigosidade”, remata o comunicado da embaixada, que fica situada a cerca de 1,5 quilómetros do local dos ataques.

Também a representação brasileira na capital indonésia aconselhou, na sua página de Facebook, “a todos os membros da comunidade brasileira que evitem locais com grande afluência de público e que procurem restringir seus deslocamentos por vias públicas”.

Pelo menos sete pessoas, entre eles cinco atacantes e dois polícias, morreram num conjunto de ataques à bomba próximo de um centro comercial no centro da capital indonésia, segundo a agência indonésia Antara.

As explosões ocorrem numa altura em que a Indonésia continua em estado de alerta máximo, implementado no Natal e Ano Novo, por temer atentados terroristas.

Em dezembro, a polícia tinha identificado 13 zonas do arquipélago vulneráveis e potenciais ataques nos meses seguintes, incluindo a capital Jacarta e a ilha turística de Bali.

Polícias e militares, agências governamentais, embaixadas, hotéis e centros comerciais foram identificados como potenciais alvos dos ataques, tendo o chefe nacional da polícia indonésia, general Badrodin Haiti, confirmado haver indícios de que estavam a ser planeados atentados.

Terrorismo
O presidente indonésio, Joko Widodo, disse que os ataques foram um “ato de terrorismo” e ordenou às forças de segurança que persigam e capturem os autores e a rede que os apoia. “Este foi um ato de terrorismo”, disse, em Java Ocidental, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões indonésias.

“Recebi já informações sobre as explosões na rua Thamrin em Jacarta. Expresso as minhas condolências às vítimas e condenamos o ataque que causou receios na sociedade”, disse aos jornalistas indonésios.

Jowo Widodo disse ter ordenado ao chefe nacional da polícia e ao ministro de assuntos políticos e de segurança que os autores do ataque sejam procurados e capturados, assim como os elementos da rede que integram.

O Estado Islâmico já reivindicou o ataque na região, segundo divulga a imprensa.

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