Economia Verde: Portugal vai receber 1250 veículos elétricos até 2020

Da Redação

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Iniciativa com carros elétricos iniciada em Curitiba, Brasil.

O Ministro português do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia afirmou que a Administração Pública vai receber 1250 veículos elétricos até 2020, no âmbito do Compromisso para o Crescimento Verde.

Jorge Moreira da Silva declarou que a Administração Pública portuguesa deve dar o exemplo e demonstrar que a aposta na mobilidade elétrica é “sustentável”.

Está previsto que, a partir do próximo ano e gradualmente até 2020, se integrem 1250 veículos elétricos híbridos para substituição de milhares de veículos da administração pública, segundo o Ministro, na conferência “Compromisso para o Crescimento Verde: A Mobilidade e os Transportes”, organizada pelo Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), em parceria com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, em Almada.

“Temos níveis de eficiência muito baixos quando comparados com a União Europeia” disse, sendo o setor dos transportes responsável por um grande consumo de energia, cerca de 35% das emissões nacionais de gases com efeito de estufa. Por isto, o Compromisso para o Crescimento Verde prevê um conjunto de iniciativas de curto, médio e longo prazos na área da mobilidade sustentável que são fundamentais para a redução do consumo de energia, declarou.

“Se quisermos combater as alterações climáticas e cumprir as nossas metas nacionais, não podemos apostar apenas na área da indústria e da energia, é necessário também reduzir as emissões na área dos transportes”, declarou ainda.

O Ministro concluiu afirmando que Portugal deve continuar a apostar nas energias renováveis para fazer face à dependência energética do petróleo, que mesmo com a redução de 90% há alguns anos para os atuais 70%, é ainda excessiva.

O Ministro já havia declarado que o fato de “Portugal importar 7 mil milhões de euros de petróleo por ano” implica que “o País que não poderá crescer de forma sustentável”, pelo que o Governo está a defender o interesse dos cidadãos quando estabelece preços de referência nos combustíveis.

O Ministro referiu ainda três razões principais na importância do crescimento verde: “temos de agir perante o agravamento da crise climática, escassez de recursos hídricos, e perda de biodiversidade. Sendo este um problema de todos, estima-se que Portugal seja mais afetado do que a média dos países europeus pelas consequências das alterações climáticas nos recursos hídricos e no litoral”. Em segundo lugar, “urge combinar, na área do ambiente e energia, o elevado potencial de talentos, recursos, e infraestruturas”. Em terceiro lugar, “devemos tirar partido das oportunidades econômicas e de geração de emprego associados ao crescimento verde, uma vez que esta economia já representa, globalmente, 4 bilhões de euros, crescendo 4% ao ano”.

Na energia, o Ministro lembrou que em maio, o Governo apresentou um terceiro pacote de cortes, apostando também nas renováveis, na eficiência energética, e na mobilidade elétrica. “Em 2013, Portugal foi considerado o terceiro melhor país do mundo em política para as alterações climáticas, e atingimos quase 60% de eletricidade renovável”.

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