Câmara de Lisboa assinala 260 anos do Terremoto de 1755 com ações de proteção

Da Redação
Com Lusa

Ponte 25 de Abril, Lisboa. Foto: Mundo Lusíada
Ponte 25 de Abril, Lisboa. Foto: Mundo Lusíada

A Câmara de Lisboa vai assinalar os 260 anos do Terremoto de 1755 com várias ações de sensibilização sobre os fenômenos sísmicos para mostrar “os elevados riscos que a cidade está sujeita e exposta”.

Segundo o vereador da Segurança e Proteção Civil, Carlos Castro, o programa “Lisboa, Cidade + Resiliente + Segura – 260 Anos do Terramoto de 1755”, apresentado nos Paços do Concelho de Lisboa, visa sensibilizar os cidadãos para os riscos e mostrar como agir perante catástrofes e desastres.

Ao longo deste ano, a Câmara de Lisboa vai organizar um conjunto de atividades alusivas à memória do Terremoto de 1755, desde simulações, formação de equipes de segurança e de voluntários da Proteção Civil, conferências, palestras, ‘wokshops’, exposições e percursos a zonas emblemáticas com referência ao terremoto.

Este ano, dedicado à proteção civil, pretende ser “um marco na afirmação de uma cultura de segurança da população de Lisboa”, de forma a tornar a capital mais resiliente e mais segura face aos riscos de catástrofes naturais, reforçou o vereador Carlos Castro.

“O envolvimento da população e conhecimento dos riscos é extremamente relevante”, referiu o representante da Autoridade Nacional de Proteção Civil, João Oliveira.

O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Jorge Miranda, que esteve na apresentação do programa, considerou necessário “preparar infraestruturas para que haja informação a tempo e para que as pessoas consigam decidir ao último minuto”.

“Nós nunca teremos uma situação livre de risco, isso não é possível, nem provavelmente desejável, mas podemos ter situações em que as pessoas sabem o que devem fazer em situações muito diferenciadas, que são capazes de tomar as decisões inteligentes”, explicou o responsável do IPMA.

Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), Pedro Seixas Vale, no domínio dos terremotos, a cidade de Lisboa é particularmente vulnerável, contudo são muito poucos os cidadãos que têm seguros contra esse risco.

A apresentação do programa “Lisboa, Cidade + Resiliente + Segura – 260 Anos do Terremoto de 1755” contou ainda com o lançamento do livro “Catástrofes e Grandes Desastres”, da autoria de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, com o apoio da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), que pretende sensibilizar o público infanto-juvenil para a temática dos riscos de catástrofes.

O Terremoto de 1755 ocorreu no dia 1 de novembro de 1755, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, especialmente na Zona da Baixa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve e Setúbal. O sismo foi seguido de um maremoto, que pode ter atingido a altura de 20 metros, e de múltiplos incêndios, com mais de 10 mil mortos.

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